Publicado em 18/12/2020 às 08:31 - Atualizado em 22/08/2023 às 20:29
(Imagem: Divulgação)
Aprovado pelo edital do Programa Institucional de Apoio à Cultura Estudantil (PIAC-Estudantil), o filme "P.P.A: palhaços procuradores de afeto" foi lançado nesta semana no YouTube. O média-metragem é uma obra de comédia sobre relações afetivas saudáveis no contexto da pandemia pela linguagem da palhaçaria.
A peça cinematográfica é composta por músicas, causos e cenas sobre nossa vida na atual conjuntura e surgiu a partir da experiência dos atores Thiago Fernandes e Gisleide Rocha. Por mais de quatro anos, eles atuaram como dupla no projeto de extensão “Palhaços Visitadores”, que faz visitas ao Hospital de Clínicas da Universidade Federal de Uberlândia (HC/UFU).
Segundo Fernandes, a ideia era apresentar o projeto nos campi da UFU, mas, com a pandemia, a dupla não pôde fazer isso e decidiu transformar o espetáculo num trabalho audiovisual. Apesar de inesperado, visto que as apresentações seriam de forma presencial, de acordo com Rocha, a montagem “foi potente e única, por poder se adaptar e encontrar novas formas de construção e de encontro com o público.” A dupla fez um questionário on-line para saber como estava a vida das pessoas durante o período de isolamento social. Mais de 30 pessoas responderam o formulário eletrônico, colaborando, assim, para o processo criativo.
Por estarem em cidades diferentes e não poderem se encontrar para ensaiar, a fase de preparação não foi fácil. Os ensaios foram feitos por meio de videochamadas, o que dificultava ver as reações ou partes do corpo do parceiro. Isso sem falar de todas as particularidades da tecnologia. “Tivemos que conviver com chamadas que travavam ou caíam; bateria que descarregava. Mas, com o tempo, fomos nos adaptando e conseguimos levantar todas as cenas, a partir de improvisações e ensaios semanais”, relatou Fernandes.
Ainda conforme o ator, ao ir construindo as cenas e músicas, ele e a parceira perceberam que a pandemia nos fez repensar nossas vidas e que, ao mesmo tempo que sentíamos falta de ficar mais perto de nossas famílias ou de alguém especial, talvez não estejamos tão preparados para ficar 24 horas por dia, sete dias por semana dentro de casa com essas pessoas. “É importante termos nossos momentos sozinhos também”, ponderou.
Perguntado se, ao fim, os palhaços encontraram afeto, Fernandes confirmou: “Agora, que já está no ar, ver as reações do público é muito gratificante, pois nos dizem que o trabalho ficou muito delicado, verdadeiro e aconchegante. E o palhaço é isso; faz rir, mas também emociona. É um ser que busca a afetividade nas pessoas, em vários graus, de um leve sorriso a uma gargalhada, podendo ser uma lágrima de afetividade. O palhaço revela os afetos, trabalha com as emoções.”
Neste sábado (19/12), às 16h, haverá uma roda de conversa on-line com os atores para discutir o filme. A participação é aberta a todos os interessados, sendo possível no seguinte link: meet.google.com/uwj-rkww-biv.
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