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Cultura

Vem aí a 7ª edição da Paralela

Evento vai reunir artistas, em torno de discussões e performances sobre dança, arte e corpo

Publicado em 23/04/2021 às 10:55 - Atualizado em 22/08/2023 às 20:25

Contagem regressiva para a realização da 7ª edição da Paralela. Pelo segundo ano consecutivo, o evento será de forma on-line e remota, devido à pandemia da Covid-19. Agendada para o período entre os dias 31 de maio e 5 de junho, a Paralela envolve oficinas e cursos, reunindo artistas em torno de discussões e performances sobre dança, arte e corpo.

O evento conta com o incentivo do Secretaria de Estado da Cultura e Turismo de Minas Gerais, por meio da Secretaria Especial da Cultura do Ministério do Turismo, da Lei Federal nº 14.017/2020 (Lei Aldir Blanc), e com o apoio do curso de Dança do Instituto de Artes da Universidade Federal de Uberlândia (Iarte/UFU). Neste ano, serão oferecidos ao público a oficina “A urgência da ineficiência e errância no processo criativo”, com Tuca Pinheiro, de Belo Horizonte, e o curso “Feedback e processos artísticos”, com Cláudia Müller e Daniella Aguiar, de Uberlândia.

O curso “Feedback e processos artísticos”, em especial, vai selecionar cinco artistas para receberem uma bolsa no valor de R$ 500,00, com o objetivo de compartilharem algum processo artístico autoral e receberem feedback coletivo. De acordo com o artista e professor da UFU Alexandre Molina, um dos idealizadores da Paralela, “serão priorizadas mulheres, pessoas negras e LGBT+ nesta seleção. Dentre as cinco bolsas, uma será direcionada para estudante do curso de bacharelado em Dança da UFU e uma segunda para artista residente no estado de Minas de Gerais”. As inscrições podem ser realizadas gratuitamente até o dia 2 de maio, domingo, por meio dos formulários disponíveis no site. O resultado da seleção será divulgado nas redes sociais da Paralela até o dia 19 de maio.

Professor Alexandre Molina.(Foto: Arquivo pessoal

 

Sobre os eventos

 

Oficina “A urgência da ineficiência e errância no processo criativo”, por Tuca Pinheiro 

É um trabalho de pesquisa desenvolvido pelo diretor coreográfico e pesquisador Tuca Pinheiro, no intuito de fomentar, discutir e propor, por meio de um diálogo horizontalizado, ferramentas, provocações e outras lógicas que auxiliem os interessados na pesquisa corporal, e nos interessados em composição e criação coreográfica em dança contemporânea; (re)organizarem os respectivos materiais corporificando conceitos de ineficiência e errância-instabilidade e esburacamentos nos respectivos repertórios. O esburacamento dos registros corporais como possibilidade de dialogar com outras propostas corporais. Esburacar enquanto possibilidade de abrir frestas. A instabilidade e o erro como suportes para o entendimento da produção artística como uma prática que não pertence ao campo da exatidão. Conceitos de lógica, potência e dispositivos que se configuram no corpo, propondo outros possíveis estados corporais.

A oficina é destinada a artistas ou estudantes que tenham interesse na pesquisa corporal ou em composição e criação coreográfica em dança contemporânea. Será realizada de 31 de maio a 3 de junho de 2021, das  14h às 17h, por meio de plataforma de videoconferência. Serão ofertadas 20 vagas.  A seleção será por meio do currículo, portfólio e carta de interesse. Para participação na oficina, é necessário ter disponibilidade em todos os dias e horários propostos.

Conheça o artista: 

Tuca Pinheiro é bailarino, diretor, coreógrafo, professor e pesquisador com formação em dança clássica e contemporânea, desenvolvendo estudos, parcerias e criações com artistas brasileiros e estrangeiros. Desenvolve a pesquisa "A Urgência da Ineficiência e Errância dos Corpos", tema da sua oficina na 7ª edição da Paralela, desde 2014.

Tuca atuou como artista colaborador e provocador em processos de criação junto a companhias, grupos, coletivos e artistas independentes da cena contemporânea. Atualmente, é representante da cadeira da dança no Conselho Municipal de Políticas Culturais de Belo Horizonte; além disso, é um dos idealizadores do Fórum Municipal da Dança de BH e do Centro de Referência da Dança de Belo Horizonte. Regularmente, ministra palestras e workshops sobre Políticas Culturais para a Dança.

 

Curso “Feedback e processos artísticos”, por Cláudia Müller e Daniella Aguiar

O curso vai utilizar exercícios coletivos de feedback, como ferramentas para pensar os processos de criação de trabalhos artísticos. Esses exercícios são baseados no método DAS (método de feedback desenvolvido no departamento de teatro da Amsterdam University of the Arts) e têm como principais objetivos empoderar artistas e seus trabalhos, propiciar análises para além dos julgamentos e oferecer subsídios para debates críticos precisos. Serão abordadas as diferentes perspectivas de construção de uma obra: o contexto no qual se origina, as questões que propõe, a relação com o público, as possíveis formatações prévias da obra para se adequar ao seu contexto de exibição (duração, uso do espaço, disposição do público etc.). Por meio dessas experiências, os participantes terão oportunidade de ampliar discussões sobre seus processos, bem como de examinar o feedback como recurso para a construção de seus trabalhos.

O curso é destinado a artistas ou estudantes de arte (dança, teatro, artes visuais, cinema, performance), entre os dias 31 de maio e 5 de junho, por meio de plataforma de videoconferência. Serão ofertadas 15 vagas.

Sobre as artistas

Cláudia Müller atua nos campos da dança e performance como artista, professora e curadora. Doutora e mestre em Artes pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ). Professora do curso de Dança da UFU, onde também co-coordena o Grupo de Pesquisa Dramaturgias Plurais. Seus trabalhos artísticos vêm sendo apresentados em festivais e centros de arte no Brasil (Palco Giratório, Panorama de Dança, Bienal Sesc de Dança), Argentina (Festival de Danza de Buenos Aires), Chile (Escena Doméstica, Festival UARCIS), Espanha (In-Presentable, BAD, La Laboral Escena, ARTIUM), Marrocos (On Marche), e Portugal (Festival Al Kantara), entre outros. Fez parte da equipe de curadoria da Bienal Sesc de Dança de 2017 e do projeto Modos de Existir 8, do Sesc Santo Amaro/SP (2018).

Daniella Aguiar é professora do bacharelado em Dança e do mestrado em Artes Cênicas do Instituto de Artes (UFU), onde co-coordena o Grupo de Pesquisa Dramaturgias Plurais. Desenvolve pesquisa artística e teórica em tradução intersemiótica e intermidialidade, desde 2007, com foco nas relações criativas entre danças e artes (literatura, música, mídias locativas). No doutorado em Literatura Comparada (UERJ), desenvolveu pesquisa sobre traduções da obra de Gertrude Stein para dança contemporânea.

 

Sobre a Paralela

Surgiu em 2015, como uma proposta do grupo de pesquisa Spirax, coordenado pelo professor Alexandre Molina, para compartilhar as atividades desenvolvidas pelos estudantes do componente curricular Práticas em Dança II: performances do corpo, do curso de bacharelado em Dança da Universidade Federal de Uberlândia. Hoje, a Paralela se estabelece como plataforma de intercâmbios em arte, conectando pessoas e lugares por meio da dança, em diálogo com outros fazeres artísticos. As ações previstas nesta plataforma borram fronteiras entre formação e atuação artística, fortalecendo as relações entre fazer e pensar arte na contemporaneidade de modo integrado.

 

Política de uso: A reprodução de textos, fotografias e outros conteúdos publicados pela Diretoria de Comunicação Social da Universidade Federal de Uberlândia (Dirco/UFU) é livre; porém, solicitamos que seja(m) citado(s) o(s) autor(es) e o Portal Comunica UFU.

Palavras-chave: 7ª edição da PARALELA

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