Publicado em 03/01/2022 às 09:37 - Atualizado em 22/08/2023 às 16:40
(Arte: Freepik)
Aprender, saber e ensinar são termos que ganham um sentido unificado e recíproco no processo do desenvolvimento do raciocínio crítico das pessoas. O aprender potencializa o saber, que fortalece o ensinar, dando oportunidades para o surgimento de conhecimentos.
A partir dessa premissa, que são ideias iniciais para criar um raciocínio, João Nunes de Sousa, professor da Faculdade de Computação da Universidade Federal de Uberlândia (Facom/UFU), publicou um livro que serve de manual para mostrar caminhos de aprendizagem e ensino do raciocínio crítico, no portal da instituição, em novembro de 2021.
O livro indica dois tipos de estratégias para a retenção de conhecimento: a ativa e a passiva. A ativa é estimulada por exercícios, como participar de uma discussão de grupo e ensinar mostrando, fazendo ou usando. A passiva, por sua vez, é motivada pela observação, como ouvir, ler ou assistir a alguma demonstração de uma pessoa.
“Bom mesmo é ver alguém fazendo”, afirma Sousa. Para o pesquisador, ler preposições pode não ser o suficiente. Por exemplo, quando queremos aprender a fazer um pão, o ideal é assistir a uma aula de um chef, refletindo sobre os conceitos e executando a ação.
De acordo com o livro, a estratégia ativa é mais eficiente na retenção do conhecimento. É a partir dela que é possível promover ações construtivas nas discussões em grupos e ensinar realizando uma tarefa pertinente, pois quando a pessoa ensina, também aprende.
Raciocínio crítico
Você consegue entender o trecho a seguir? “Ebservo, oortantp, euq oossn oérebrc apero oacrm sonceitoc bos sáriav sormaf, eemprs oevandl me aontc euq so sermot ed aadc oacrm oonceitc oãn ostãe ssoladoi”.
O que está escrito acima (“observe, portanto, que nosso cérebro opera macro conceitos sob várias formas, sempre levando em conta que os termos de cada macro conceitos não estão isolados”) é um exemplo de como o cérebro desenvolve o raciocínio. Macro conceitos são termos que operam juntos em uma relação na qual os envolvidos se sustentam de forma mútua.
O professor explica que, inicialmente, percebemos algo errado. Mas, logo em seguida, organiza as ideias: “não são simples somas de letras, nosso cérebro passa a ver cada palavra como um todo e não importa se a primeira letra foi trocada com a última”.
“Devemos ensinar o raciocínio crítico para conseguir se orientar patinando no gelo fino do lago. No lago, não bastam apenas nossa prudência e bom senso. É preciso também energia e pernas fortes para deslizar”, exemplifica Sousa.
A argumentação tem o objetivo de convencer outra pessoa e pode ser melhorada quando raciocinamos sobre como aperfeiçoá-la, explorando e explicando os meios pelos quais a melhoria será alcançada.
Estudar as diversas áreas do conhecimento contribuem para fortalecer os argumentos. “É preciso também aprender conteúdos, como ciências exatas, biológicas e sociais, filosofia, teologia e tudo mais. Pois é com esse conhecimento que podemos estabelecer premissas sólidas que possam sustentar nossas conclusões”, explica o professor.
Política de uso: A reprodução de textos, fotografias e outros conteúdos publicados pela Diretoria de Comunicação Social da Universidade Federal de Uberlândia (Dirco/UFU) é livre; porém, solicitamos que seja(m) citado(s) o(s) autor(es) e o Portal Comunica UFU.
Palavras-chave: Ciência raciocínio crítico Computação Conhecimento raciocínio
Política de Cookies e Política de Privacidade
REDES SOCIAIS