O mínimo para germinar

A partir de 25°C a cultura apresenta dificuldade em germinar, o que causa danos comerciais. (Foto: Unsplash)

37ºC, nutrientes que chegam sem parar por uma sonda e um compartimento que permite o seu livre desenvolvimento. Essas são as condições que um feto encontra no útero, permitindo que ele cresça e fique pronto para encarar o mundo exterior após nove meses.

Na natureza, as sementes de alface também carecem de determinadas condições para atingir a sua germinação plena. Dentre as suas exigências, estão as temperaturas amenas que ficam por volta de 20ºC para que o desenvolvimento das sementes não seja prejudicado.

Em busca de materiais que protejam essas sementes das temperaturas elevadas, cientistas da Universidade Federal de Uberlândia (UFU) realizam testes de identidade de modelos que permitem o agrupamento de elementos similares tolerantes a altas temperaturas.

Por meio do teste, é possível  evitar impasses ao analisar a grande quantidade de objetos e usar os modelos selecionados para hibridação, como forma de aumentar o número de recombinantes desejáveis ​​e obter genótipos superiores para a produção de sementes tolerantes à termoinibição.

No trabalho, feito pela graduanda em Agronomia Rossana Zanetti – orientada pelo professor Hugo Catão, do Instituto de Ciências Agrárias (Iciag) –, foram analisados dezoito cultivares de alface. O estudo foi apresentado em setembro no XXI Congresso Brasileiro de Sementes e reconhecido como a melhor pesquisa na categoria graduação.

“Foi uma experiência única participar do Congresso Brasileiro de Sementes; afinal, é um evento internacionalmente reconhecido. Agradeço ao professor Hugo Catão e aos membros do Núcleo de Estudos e Pesquisa em Sementes (NEPSem) pela oportunidade de apresentar o trabalho. É algo gratificante e tenho certeza que vai agregar muito na minha carreira profissional”, afirma Zanetti.

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