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Videocast

Biologia e Histórias em Quadrinhos são os temas do 'UFUCast 49'

Nova edição do videocast abordou a história das HQ's e os benefícios do seu uso na divulgação científica para a comunidade externa à Universidade Federal de Uberlândia

Publicado em 01/03/2023 às 15:50 - Atualizado em 22/08/2023 às 17:04

Imagem: Reprodução

Exibido na última quinta-feira (23/02), o episódio número 49 teve como apresentadores os jornalistas Matheus Minuncio e Sara Camelo. Para falar sobre o tema "Histórias em Quadrinhos", foram convidados o professor João Agreli, do Instituto de Artes da Universidade Federal de Uberlândia (Iarte/UFU), e com Solange Cristina Augusto, que é docente do Instituto de Biologia (Inbio/UFU). Entre outras questões, eles abordaram a origem das HQs e seus diferentes formatos, a associação entre pesquisa científica e a arte dos quadrinhos e o resultado desta materializado no projeto “Bio HQ: Biologia em Quadrinhos.

Quando se pensa em histórias em quadrinhos atualmente, logo vêm à mente da maioria das pessoas as HQs de super-heróis da Marvel e da DC; para os mais antigos e amantes do faroeste, as revistas do TEX, e por aí vai. Porém, engana-se quem pensa que esse tipo de narrativa gráfica seja algo recente. É fato que as narrativas gráficas têm por objetivo contar uma história, verdadeira ou ficcional; portanto, os primeiros registros delas podem ser remontados até as pinturas rupestres dos primeiros humanos, há 35 mil anos. Por meio dessas representações em cavernas, nossos ancestrais relatavam o seu modo de vida, o ciclo de reprodução dos animais, as caças e coletas etc. Ainda, avançando na história humana, diversos povos se valeram dessa junção entre texto e imagem para relatar o seu cotidiano, fatos históricos e outras coisas que achavam relevantes, a exemplo dos registros feitos pelos egípcios nas tumbas de faraós.

Segundo João Agreli, no entanto, o surgimento das histórias em quadrinhos como se conhece hoje é mais recente, datado do final do século XIX. “O quadrinho moderno vai surgir a partir dos meios de reprodução da imagem, da [máquina de] imprensa. Quando se tem revistas e jornais, a reprodução de textos, é quando o quadrinho vai tomar a forma que a gente conhece”, explicou.

O professor acrescentou que, associados às notícias e reportagens das revistas e jornais, em princípio os quadrinhos iniciaram pelas caricaturas, depois pelas charges e cartoons, até chegar às graphic novels - as histórias em quadrinhos - que conhecemos atualmente. Tinham por objetivo, além de informar ou fazer uma crítica/reflexão sobre algum assunto, entreter o público que consumia os meios de comunicação impressos, inclusive aqueles que não sabiam ler.

A partir dos anos 1930, as HQs começaram a se popularizar como uma forma de entretenimento bastante acessível e se descolaram dos jornais e revistas para serem produtos independentes. Nessa época, surgiram os quadrinhos mais famosos de heróis, como Batman, Super-Homem, Capitão América e Mulher Maravilha, por exemplo.

Nos dias de hoje, a variedade dos quadrinhos atinge todos os públicos e faixas etárias, com um leque de assuntos variados, sendo um desses voltado para a parte de divulgação científica, por meio da estrutura narrativa das HQs.

Nesse sentido, Solange Augusto contou que sempre gostou muito de tirinhas em quadrinhos, de trabalhar os conteúdos de Biologia por meio delas em suas aulas, e que tinha a intenção de apresentar os temas da sua área de atuação na forma de HQs. Foi assim que, em colaboração com outros professores do Instituto de Biologia da UFU, surgiu a iniciativa do livro “Bio HQ: Biologia em Quadrinhos”.

A convidada do videocast comentou que o desejo do grupo era ter uma forma mais atrativa de divulgar os resultados das pesquisas desenvolvidas na universidade para a comunidade externa, sobretudo para as crianças e adolescentes das escolas uberlandenses. A escolha pelos quadrinhos foi justamente por entenderem que a união entre imagem e texto tornava o conteúdo acadêmico mais didático e interessante para os jovens entenderem-no. “Trabalhar esses conteúdos com arte melhora e facilita muito o aprendizado. A ideia de fazer esse trabalho é levar esse conhecimento produzido dentro da UFU para as salas de aula”, resumiu.

 

A revista já se encontra na sua segunda edição, com quadrinhos que abordam conteúdos de Biologia e conservação ambiental. (Imagem: Divulgação)

 

Sobre o UFUCast

A transmissão foi realizada pelo Canal da UFU, no YouTube, e nas principais plataformas agregadoras de podcast. Esse projeto é elaborado pela Diretoria de Comunicação Social da Universidade Federal de Uberlândia (Dirco/UFU), com execução técnica da Fundação Rádio e Televisão Educativa de Uberlândia (RTU). O objetivo do videocast é apresentar aos espectadores e ouvintes a universidade para além de seus muros e os pesquisadores para além de suas pesquisas.

Vale lembrar que você também pode acompanhar os cortes da entrevista da semana por meio do Instagram, no perfil @UFU_Oficial. Além disso, a Rádio Universitária FM veicula às terças-feiras, a partir das 20h, a versão gravada do episódio da semana.

 

 

Política de uso: A reprodução de textos, fotografias e outros conteúdos publicados pela Diretoria de Comunicação Social da Universidade Federal de Uberlândia (Dirco/UFU) é livre; porém, solicitamos que seja(m) citado(s) o(s) autor(es) e o Portal Comunica UFU.

 

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Palavras-chave: BioHQ ufucast História em Quadrinhos UFU cultura Biologia

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