Publicado em 09/05/2023 às 14:31 - Atualizado em 22/08/2023 às 16:38
Capa do livro organizado pelo LEJ/UFU. (Imagem: Reprodução)
Em 2010, o Laboratório dos Estudos Judaicos da Universidade Federal de Uberlândia (LEJ/UFU) foi fundado pela professora Kênia Maria Almeida Pereira, do Instituto de Letras e Linguística (Ileel). Visando seguir duas linhas de pesquisa, o grupo se divide em debates sobre a inquisição ocorrida em Portugal entre o século XV e XVIII e sobre o holocausto vivenciado na Segunda Guerra Mundial a partir da literatura. Entretanto, a proposta é ser multidisciplinar e com pluralidade de temas.
A professora fez pós-doutorado no Núcleo de Estudos Judaicos da Universidade de Minas Gerais (NEJ/UFMG). “Eu fui pra lá fazer o pós-doutorado e vi como funcionava. Aí eu falei: ‘ah; então, eu quero também organizar um espaço de pensamento crítico, de fazer ciência e, ao mesmo tempo, ser um espaço gostoso de discussão’”, relata.
Assim, o LEJ começou a promover reuniões de grupos de estudo e também palestras para trabalhar autores e temas diversos. Atualmente, as atividades ainda acontecem na modalidade on-line, pelo aplicativo Google Meet, e geram certificados para os participantes. O laboratório também está aberto para a participação de ouvintes. Para participar, basta entrar em contato com a professora.
Como o laboratório é ligado ao Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), para integrá-lo, é necessário apresentar um projeto que dialogue com a inquisição ou com o holocausto. Além disso, os membros contribuem com outras atividades, como divulgação e auxílio para os colegas em suas pesquisas. “A gente põe todo mundo [para fazer outras atividades] porque fica mais rico e todo mundo sente que é útil. Não adianta você trabalhar em um laboratório e pensar que você não tem um papel ali. Todo mundo é especial e tem como contribuir”, destaca Pereira.
Como o LEJ é multidisciplinar, é possível aceitar alunos de diversos cursos. As produções são individuais e há a possibilidade de serem divulgadas. “A pesquisa é solitária em algum momento, sim. Mas, depois, há um momento que você precisa compartilhar. Grande parte recebe uma bolsa; então, ela é pública e precisa publicizar a pesquisa. Não adianta guardar em uma gaveta”, afirma.
O livro
Em 30 de março de 2023, o laboratório publicou o seu primeiro livro. Chamado “Exílios, diásporas e memórias: Primeiro livro do LEJ”, a obra tem 18 capítulos produzidos por membros do laboratório, professores da UFU e de outros institutos que já palestraram para o grupo e foram convidados.
Publicado pela Editora Projetium, apresenta temáticas envolvendo reflexões sobre autores judeus e que abordam esse tema, peças literárias, histórias do povo judaico e os desdobramentos ao longo dos anos, artistas judeus e não-judeus, as relações com outros povos, cientistas que debateram sobre o holocausto, entre outros. O livro está disponível on-line e de forma gratuita para download.
O objetivo da publicação foi comemorar os 10 anos do laboratório. “Quando você faz um livro, você registra o pensamento. E é um balanço também; 10 anos é muita coisa”, aponta Pereira. Para a professora, foi uma oportunidade de avaliar as produções e concluir que o grupo se aproxima dos pensamentos de outros núcleos de estudos judaicos. A proposta é desenvolver o segundo volume com as produções que ainda estão em etapa de pesquisa no LEJ.
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Palavras-chave: Laboratório de Estudos Judaicos livro LEJ
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