Publicado em 21/11/2023 às 13:35 - Atualizado em 23/11/2023 às 10:53
O dia 17 de novembro marca a data mundial de combate ao câncer de próstata. Além do dia em questão, todo o mês de novembro é dedicado à conscientização em relação à doença, o chamado “Novembro Azul”. Esta iniciativa acontece desde 2011, tendo como principal idealizador o Instituto Lado a Lado pela Vida.
Um dos esforços do Novembro Azul é conscientizar a população para a realização dos exames de detecção de tumores na próstata, como o de toque retal e o de sangue, denominado PSA. Fabíola Alves Gomes, coordenadora da Diretoria de Saúde da Universidade Federal de Uberlândia (Disau/UFU), enfermeira e professora do curso de Enfermagem da instituição, ressalta que, além da realização dos exames de prevenção, é importante a consulta frequente com um urologista ou ainda a ida a unidades básicas de saúde, com o intuito de saber qual é o exame mais adequado para cada caso.
Os exames têm papel crucial na prevenção à doença, já que em sua fase inicial ela não apresenta sintomas e a aparição de indícios acontece apenas em um estado já avançado do câncer, de acordo com a Biblioteca Virtual em Saúde, do Ministério da Saúde. Mas ainda há, segundo Gomes, um esforço da Disau em promover a prevenção aos fatores de risco: “Esses fatores nós temos que cuidar agora, com a prática de atividades físicas e de hábitos saudáveis na alimentação, por exemplo.”
De acordo com dados do Instituto Nacional do Câncer (Inca), o câncer de próstata é o segundo que mais afeta homens no país, atrás apenas do melanoma. Além disso, o instinto também infere que 16% das pessoas com próstata podem desenvolver a condição. Este dado mostra além disso, a importância da conscientização para mulheres transexuais, travestis e não-binárias, que porventura possam ainda ter a próstata mantida.
Acompanhamento especializado
Para englobar pessoas trans na conscientização e tratamento de doenças como o câncer de próstata, o Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Uberlândia (HC-UFU/Ebserh), possui o Centro de Referência em Atenção Integral para Saúde Transespecífica (Craist), que forma estudantes, profissionais e pesquisadores com o intuito de atuar em estratégias para o cuidado em saúde dessa parcela da população.
A coordenadora da Disau relata sobre o acolhimento que o Craist proporciona e como ele é visto como referência: “O centro tem essa questão do respeito, que todo paciente merece. O paciente trans, que é vítima de vários preconceitos, merece mais [respeito] ainda, com profissionais que acolham com o olhar de afeto.”
Em relação aos homens cis, principalmente, Fabíola Alves Gomes evidencia que um dos focos principais da campanha deve ser a mudança de cultura, já que essa parcela tende a procurar menos serviços relacionados à saúde. “Temos que falar sobre isso, que o exame pode prevenir uma doença grave e, inclusive, a morte; e que essa questão dos estigmas deve ser quebrada, que não tem nada relacionado à falta de masculinidade. Ele deve permitir o cuidado, não somente para o câncer de próstata, mas da saúde em geral”, finaliza Fabiola.
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Palavras-chave: novembro azul
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