Projeto TEIA contribui com o resgate da autonomia de mulheres em Patos de Minas

Mulheres em tratamento para adicções e em situação de vulnerabilidade socioeconômica participam de aulas formativas de beleza e costura em Patos de Minas por meio do projeto de extensão TEIA: Todas em CooperAção, desde 2023. A meta é a integração dessas mulheres tanto no mercado de trabalho, quanto na vida social da comunidade patense. “O objetivo é realmente resgatar essa autonomia para que elas possam se inserir na sociedade de uma forma mais digna, através do trabalho, através da formação e em várias vertentes", explica a coordenadora Maria Raquel Caixeta, professora da Faculdade de Gestão e Negócios (FAGEN) no Campus Patos de Minas.

O curso de salão de beleza é voltado para mulheres em recuperação da dependência em álcool e outras drogas na Comunidade Terapêutica Nosso Lar. As aulas são ministradas por uma professora voluntária que as ensina, desde lavar os cabelos e pintar as unhas, até técnicas mais avançadas, como as progressivas, tintura e design de sobrancelhas. A instrutora das aulas, Célia Fraga, conta que a questão do autocuidado é muito importante para essas mulheres, já que as mesmas passaram por situações muito delicadas. Após as aulas, o objetivo é conseguir que as mulheres encontrem um estágio nos salões de beleza e, a partir dessa formação, consigam um emprego fixo.

A outra vertente trabalhada envolve as aulas de costura, que abrangem as mulheres do bairro periférico Vila Rosa. O curso possui 160 horas, duração de dois meses e com turmas de até 40 mulheres. 

Atividades serão ampliadas

O projeto TEIA também pretende expandir suas atividades no próximo semestre, juntamente com a comunidade quilombola da região, com mais iniciativas voltadas ao feminino. 

Em 2018, segundo relatório da Organização das Nações Unidas (ONU), o número de mulheres que não possuíam renda própria era de 27%, implicando que estas necessitavam de outras fontes para garantir sua subsistência. A importância do auto sustento e da autonomia, se refletem como estratégias de resistência e empoderamento feminino, que são encontradas dentro do projeto.

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