Por: Cristiano Alvarenga
Publicado em 17/04/2025 às 11:15 - Atualizado em
30/04/2025 às
17:35
A inflação em Uberlândia foi a menor no comparativo com os principais indicadores nacionais em março. O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) da cidade, medido pelo Centro de Estudos, Pesquisas e Projetos Econômico-Sociais da Universidade Federal de Uberlândia (Cepes/UFU), registrou variação de 0,13%, enquanto a média brasileira do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) atingiu 0,56% e o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) chegou a 0,51% no mesmo período.
Em Uberlândia houve desaceleração da inflação em relação a fevereiro, quando o IPC foi de 0,78%. No acumulado do ano o reajuste de preços soma 1,21% e, nos últimos 12 meses, chega a 3,96%.
Quando comparada a outras capitais e regiões metropolitanas monitoradas pelo IBGE, Uberlândia se destaca com uma das menores taxas de inflação do país. Enquanto municípios como Curitiba (0,76%), Porto Alegre (0,76%) e São Paulo (0,71%) apresentaram as maiores altas no IPCA, Uberlândia (0,13%) ficou abaixo inclusive de Brasília (0,27%) e Rio Branco (0,27%), que registraram as menores taxas entre as capitais monitoradas.
No caso do INPC, que acompanha os preços para a população de menor renda, Brasília destaca-se pelo resultado negativo (-0,33%), sendo a única capital a apresentar deflação. Entre as cidades com inflação mais alta neste índice, estão Curitiba (0,79%) e Porto Alegre (0,77%).
O IPCA é o índice oficial de inflação do Brasil, utilizado pelo Governo Federal como referência para as metas de inflação e para as alterações na taxa de juros. Calculado pelo IBGE, o índice é baseado em um levantamento mensal de aproximadamente 430 mil preços em 30 mil locais, distribuídos em 13 áreas urbanas do país.
Já o INPC foca especificamente nas famílias com renda de até cinco salários mínimos, sendo utilizado para reajustes salariais e de benefícios sociais.
Em março, os grupos que mais contribuíram para o aumento da inflação em Uberlândia foram Alimentação e Bebidas (0,37%), Saúde e Cuidados Pessoais (0,69%) e Vestuário (1,30%). Dentro do primeiro grupo, a alimentação fora do domicílio (1,69%) e os tubérculos, raízes e legumes (5,29%) se destacaram. Já no setor de Vestuário o aumento foi impulsionado pelos preços de calçados e acessórios (3,85%).
Na contramão, os grupos Transportes (-0,27%), Despesas Pessoais (-0,42%), Habitação (-0,14%), Artigos de Residência (-0,31%) e Educação (-0,32%) apresentaram redução de preços. A queda nos combustíveis para veículos (-1,87%) foi o principal fator para a deflação no grupo Transportes.
O custo da cesta básica em Uberlândia atingiu R$ 730,93 em março, representando uma redução de 0,16% em relação a fevereiro. No entanto, o acumulado no ano é de 3,90% e, em 12 meses, de 3,55%.
Os principais produtos que impactaram a variação foram o tomate (15,63%) e o leite (2,54%), com aumentos, e a banana (-10,47%) e a batata (-7,11%), com reduções.
Em março, um trabalhador em Uberlândia precisou dedicar 105 horas e 56 minutos do seu tempo para adquirir a cesta básica.
O estudo do Cepes/UFU aponta que o salário mínimo necessário para cobrir as despesas básicas de uma família, com dois adultos e duas crianças (ou três adultos), em Uberlândia alcançou R$ 6.140,55 em março, valor 24,72% superior ao salário mínimo oficial de R$ 1.518,00.
Quer saber mais? Consulte os boletins completos referentes ao mês de março, do IPC-Cepes e da Cesta Básica de Alimentos em Uberlândia.
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