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Extensão que transforma

Primeira edição do UFU pela Cidade foi realizada no bairro Jardim Brasília

Ação integrou programação do Prefeitura Presente e envolveu projetos de várias áreas do conhecimento por meio de atendimentos jurídicos, orientações em saúde e educação financeira

Publicado em 07/07/2025 às 19:01 - Atualizado em 07/07/2025 às 19:27

Foto: Milton Santos

A primeira edição do UFU pela Cidade foi realizada no último sábado (5/7), das 8h às 13h, durante o projeto Prefeitura Presente, no bairro Jardim Brasília, em Uberlândia. A iniciativa marcou o lançamento da ação promovida pela Universidade Federal de Uberlândia (UFU), coordenada pela Pró-Reitoria de Extensão e Cultura (Proexc) em parceria com a Diretoria de Comunicação Social (Dirco). A programação foi voltada ao cuidado com a saúde, à educação e à orientação jurídica. De acordo com o pró-reitor de Extensão da UFU, professor Florisvaldo Ribeiro, é fundamental que a universidade ultrapasse os seus muros e se integre às comunidades onde está presente por meio de suas inúmeras ações de extensão. “É importante mostrarmos à cidade o que fazemos. Manter nossa presença em atividades como essa é essencial”, afirmou. A iniciativa reafirma o compromisso da UFU em levar conhecimento, serviços e cidadania diretamente à população, fortalecendo o papel social da universidade com ações gratuitas e acessíveis às comunidades locais.

As atividades aconteceram no poliesportivo do bairro e contaram com três ações de extensão universitária: o Escritório de Assessoria Jurídica Popular (Esajup), a Tenda Paulo Freire e o grupo do Programa de Educação Tutorial do curso de Estatística (PET Estatística). A diversidade dos temas abordados e o envolvimento direto com o público demonstram como a universidade pública pode contribuir de forma concreta para o bem-estar social e a cidadania.

Dialogar com as necessidades reais da população e oferecer orientações que muitas vezes fazem diferença concreta na vida das pessoas é o que torna importante a Esajup estar em eventos como o prefeitura presente afirmou o coordenador do Esajup, Luiz Goiabeira. João Parizzi, professor do curso de Direito da UFU,  participou da atividade de orientação jurídica oferecida durante a ação. Ele explicou que o Esajup é um Escritório de Assessoria Jurídica Popular que presta serviços gratuitos à comunidade. “Recebemos as pessoas com suas demandas e orientamos sobre os caminhos legais que podem seguir. A universidade está a serviço da sociedade, e oferecemos atendimentos em diversas áreas do Direito”, afirmou. Goiabeira avaliou positiva a atividade tanto para estudantes, quanto para professores e público e ressaltou a importância de levar o atendimento jurídico para todos os territórios da cidade e ampliar o acesso ao Direito.

O grupo PET Estatística, orientado pelo professor Pedro Franklin, promoveu a atividade “O preço da euforia: o perigo dos jogos de apostas”. Utilizando recursos interativos, a ação alertou o público sobre os riscos associados aos jogos de azar. Por meio de simulações, os participantes puderam compreender como funcionam os algoritmos dessas plataformas. De acordo com Maria Cecília Macedo, estudante do curso de Estatística da UFU, a proposta da atividade foi tornar mais visível a lógica por trás desses jogos. “Hoje estamos realizando algumas simulações de apostas, mostrando, por exemplo, quanto tempo uma pessoa demoraria para ganhar algum prêmio na Mega-Sena. A simulação considera a mesma aposta sendo repetida semanalmente até que a pessoa acerte quatro, cinco ou seis números. Também trouxemos a simulação de um jogo de roleta de cassino, no qual iniciamos com um valor fixo de aposta e demonstramos como o dinheiro oscila de acordo com a quantidade de vezes que se aposta”, explicou.

mulher idosa dando entrevista
Maria de Lourdes Velasques sobre jogos de apostas: "a gente acha que é uma brincadeira e, quando vê, já está no fundo do poço” (Foto: Jussara Coelho)

A aposentada Maria de Lourdes Santos Velasques, moradora do bairro Jardim Brasília, participou da atividade e contou que costuma jogar na Mega-Sena e na Lotofácil. De acordo com Velasques, a experiência foi esclarecedora: “Achei muito interessante a forma como foi explicado, porque tem muita gente que não sabe como isso funciona. Ela explicou muito bem, e eu me surpreendi, porque a gente acha que é uma brincadeira e, quando vê, já está no fundo do poço”, ponderou. Maria Cecília destacou ainda a motivação por trás da iniciativa: “Com o grande boom das casas de apostas nos últimos tempos, esse tema se tornou uma preocupação crescente. Várias notícias têm mostrado pessoas perdendo muito dinheiro com esses jogos. Por isso, iniciamos essa atividade de conscientização, para mostrar que, por trás de tudo isso, há probabilidades de ganho e, principalmente, de perda. Nosso objetivo é demonstrar o quanto esse tipo de prática pode ser prejudicial para o jogador”, finalizou.

Já na Tenda Paulo Freire, coordenada pela professora Fernanda Nocam (Famed/UFU), o público participou de diversas atividades de educação popular em saúde, como rodas de conversa sobre redução de danos, vivências com yoga, meditação, danças circulares e teatro do oprimido, em um espaço de acolhimento, diálogo e práticas integrativas. Segundo a professora, a abordagem freiriana dialoga diretamente com a população porque parte do conhecimento que ela já possui: “Paulo Freire teve o olhar de valorizar o saber da comunidade, construindo uma relação de mão dupla entre ensino e aprendizagem, pautada na escuta e na amorosidade do educador. O que podemos oferecer para que a população construa junto conosco?”. Ela ressalta ainda que esse processo é recíproco, pois a comunidade também ensina: “Oferecemos materiais, e as pessoas compartilham seus saberes em saúde e sua potência nesse tema; em troca, apresentamos conhecimentos ancestrais, principalmente dos povos originários, que fazem sentido para essa população e as aproximam da universidade.”

Manter o compromisso da instituição com a democratização do conhecimento e o envolvimento ativo da comunidade é a proposta da Proexc que estuda novas edições do UFU pela Cidade. A diretora de Extensão da UFU, professora Maria Andréa Angelotti, esteve presente no evento e explicou os objetivos e os próximos passos do projeto: “Estamos desenvolvendo, em parceria com Prefeituras o projeto UFU pela Cidade, com o intuito de levar ações extensionistas às comunidades locais — não apenas em Uberlândia, mas também em Ituiutaba, Monte Carmelo e Patos de Minas, onde a UFU está presente. A cada nova edição, pretendemos convidar as unidades acadêmicas e seus cursos com projetos de extensão, dos mais variados temas, para que possam não apenas apresentar o que desenvolvemos dentro da universidade, mas também promover o diálogo com a comunidade.”

 

Confira, a seguir, a galeria de imagens do evento:

 

 

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