Aluno da UFU foi um dos ganhadores do maior hackathon de IA generativa do Brasil

O Adapta AI Challenge é o maior hackathon de inteligência artificial (IA) generativa do Brasil. O desafio é uma maratona de 48 horas com o objetivo de criar protótipos de programas computacionais usando IA generativa para auxiliar e melhorar a produtividade no aprendizado e no trabalho. Em 2025, a maratona contou com 6 mil inscritos entre desenvolvedores, designers, especialistas de produto e cientistas de dados de todo o Brasil. Apenas 80 competidores foram selecionados para participar do desafio presencial em São Paulo, entre eles o aluno da Faculdade de Computação da Universidade Federal de Uberlândia (Facom/UFU), Matheus Costa Monteiro, que ao final da competição conquistou R$ 40 mil em prêmios pela sua performance no hackathon. 

Monteiro chegou ao pódio da premiação com o projeto “Edu One”, criado com o objetivo de solucionar um obstáculo que impede o progresso do ensino online, que é o abandono de cursos digitais. “A pergunta que nos guiou foi: por que a educação ainda é ‘um-para-todos’ e não adaptativa como já é em outras áreas? A ideia também surgiu como uma solução inclusiva para diferentes perfis de aprendizagem, incluindo pessoas neurodivergentes (como TDAH), que se beneficiam de formatos flexíveis e orientação em tempo real”, acrescenta Monteiro.

O projeto é uma plataforma de aprendizagem 100% adaptável, que utiliza agentes de IA para criar e ajustar em tempo real estudos personalizados para cada usuário. Além disso, a plataforma oferece um tutor feito por IA que reproduz rosto e voz humanos, que aparece em formato de vídeo-chamada, para responder dúvidas em tempo real e utiliza de recursos como podcasts, flashcards, quizzes interativos e aulas em vídeo para adaptar o ritmo e o formato do conteúdo com as preferências do estudante.

De acordo com Monteiro, a  ideia do tutor que lembre um ser humano surgiu ⁠porque a presença social importa no aprendizado. A “videochamada” com um professor 24h reduz atrito, aumenta engajamento e aproxima a experiência do 1:1, especialmente útil para quem prefere aprender conversando (e não só lendo). E para ele, voz/expressão ajudam na clareza e na acessibilidade, sem abrir mão da escala que a IA proporciona.

O estudante da UFU participou do desafio em conjunto com mais quatro pessoas, Jonathan Batista Ferreira, Davi Suga, Gabriel Antunes e Cris. Monteiro foi um dos responsáveis pela IA, ou seja, desenvolveu a estratégia do tutor, criação do curso, avaliação do perfil de aprendizagem de cada usuário, avaliação das respostas e fine-tuning do modelo. 

“Como estudante da UFU, confirma anos dedicados a algoritmos, pesquisa e maratonas de programação, e é uma imensa gratificação aplicar, na prática, todo o ensino que a UFU me proporcionou ao longo da graduação. E como profissional, mostra um desejo meu desde que entrei na graduação, que é converter ciência em aplicações de alto impacto na sociedade, com qualidade, custo e escala, e reforça meu compromisso em levar soluções de IA aplicada para problemas reais da educação no Brasil”, finaliza Monteiro.

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