Publicado em 03/09/2025 às 17:24 - Atualizado em 11/09/2025 às 13:24
A Universidade Federal de Uberlândia (UFU) deu início, nesta quarta-feira, à edição 2025 da Semana de Internacionalização INTERUFU, um evento que busca promover debates, compartilhar experiências e fortalecer a presença da ciência mineira no cenário global. A programação reúne pesquisadores, gestores, estudantes e representantes de diferentes esferas de governo para discutir os rumos da internacionalização.
De acordo com a diretora de Relações Internacionais e Interinstitucionais da UFU, Valeska Virgínia Soares Souza, o objetivo é claro: “Nós queremos construir pontes. E, quando a gente pensa em construir pontes, é de uma forma de internacionalização abrangente”.
A edição deste ano trouxe inovações. Entre elas, o projeto “Vozes na UFU”, em que estudantes internacionais gravaram áudios se apresentando em suas línguas maternas, valorizando identidades e narrativas. Outra novidade foi o tema “De Minas para o Mundo”, que busca destacar a produção científica do estado no cenário internacional. “A troca de saberes não pode ser só superficial. Ela tem que trazer historicidade, vidas narradas e experiências”, reforçou Souza.
O professor Aziz Saliba, da Faculdade de Direito da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), destacou a relevância da parceria entre instituições: “É uma oportunidade de aprendermos sobre o que é feito aqui na UFU, interagirmos com a comunidade e sairmos com novos projetos, com novas ideias para o futuro”.
Para ele, dar visibilidade internacional à produção científica mineira é estratégico: “Minas Gerais tem um dos maiores PIBs [Produto Interno Bruto] do país, abriga 19 universidades públicas que respondem por 80% da inovação e de pesquisas no Brasil. Então, Minas Gerais, nesse sentido, tem também um papel fundamental na produção de novos conhecimentos na inovação, na produção de novas tecnologias e na internacionalização brasileira”.
O reitor da UFU, Carlos Henrique de Carvalho, reforçou que a internacionalização vai além de programas pontuais. “Eu sempre falava que a internacionalização é de mão dupla. Nós temos que ir, mas também temos que receber. E quem faz a internacionalização são as pessoas: docentes, técnicos, servidores e, sobretudo, alunos”.
Já o pró-reitor de Graduação, Waldenor Barros Moraes Filho, lembrou que os desafios ainda são grandes: “A internacionalização se constrói coletivamente, mas fica muito difícil sem aparato institucional, sem espaços físicos, sem pessoal, sem investimento. A mobilidade é importante, mas a internacionalização vai muito além dela”.
Com eixos temáticos que abordam desde governança até experiências de intercâmbio, passando por tensões culturais, políticas de mobilidade e divulgação de pesquisas em línguas estrangeiras, a INTERUFU 2025 se consolida como um espaço de diálogo e de capacitação.
Para Souza, o evento reforça a troca de experiências e o fortalecimento da ciência mineira no mundo: “Não dá para a gente ir aprender só com o Norte Global e achar que terão soluções melhores para nossos problemas. Mas algumas dores se encontram Então, eu acho que temos que entender a importância que nós temos enquanto pesquisadores e que isso também pode impactar em outros em outras comunidades. ”.
Confira, abaixo, as imagens da abertura da INTERUFU 2025:
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Palavras-chave: DRII Interufu 2025 INTERUFU
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