Pesquisadores da UFU são premiados pela Sociedade Brasileira de Computação

Você sabe o que é Realidade Estendida? O termo abrange as tecnologias imersivas, como realidade virtual (RV) e realidade aumentada (RA), e atualmente essas tecnologias são firmemente estabelecidas como ferramentas tecnológicas indispensáveis. Elas são utilizadas não apenas por empresas, indústrias, hospitais e universidades, mas também estão cada vez mais presentes no cotidiano das pessoas. Os professores Alexandre Cardoso e Edgard Lamounier Jr., da Faculdade de Engenharia Elétrica da Universidade Federal de Uberlândia (Feelt/UFU), são pioneiros dessa área e buscam  desenvolver soluções para treinamento, controle e manutenção de sistemas de engenharia, bem como para reabilitação humana.

E com seu extenso trabalho voltado para a área de realidade virtual e realidade aumentada, Cardoso e Lamounier  receberam o prêmio CERV Destaque em XR 2025, concedido pela Sociedade Brasileira de Computação (SBC). A honraria é um reconhecimento pelas suas significativas contribuições à comunidade de Realidade Estendida (XR) do Brasil.

A premiação ocorreu durante o Symposium on Virtual and Augmented Reality - Simpósio de Realidade Virtual e Aumentada (SVR) 2025, referência para a América Latina, realizado pela Sociedade Brasileira de Computação (SBC) entre os dias 30 de setembro e 3 de outubro, em Salvador (BA).

“Para nós, este prêmio representa a confirmação de um trabalho dedicado e bem-sucedido, que tem sido desenvolvido em nosso laboratório desde 1990. Mais do que isso, simboliza o legado que estamos construindo para as futuras gerações de pesquisadores, tanto na UFU quanto em todo o Brasil”, comenta Lamounier sobre o prêmio.

Os pesquisadores integram o Grupo de Realidade Virtual e Aumentada (GRVA) da Feelt/UFU, um coletivo formado por pesquisadores, alunos e empresas parceiras dedicado a projetos de inovação. No evento, os docentes apresentaram os mais recentes trabalhos desenvolvidos no laboratório, demonstrando o futuro da XR que está sendo construído na UFU. 

Dentre as inovações expostas, destacaram-se projetos de “Gêmeos Digitais”, e, dentre eles, alguns em parceria com a Eletrobras. Nesse contexto, a tecnologia consiste na criação de réplicas digitais fiéis de subestações de energia elétrica, com o objetivo de prevenir falhas e reduzir custos de manutenção no sistema elétrico brasileiro. “Foi incrível poder mostrar nosso trabalho, trocar experiências e criar conexões entre academia e setor privado. Networking de altíssimo nível que nos inspira a continuar inovando cada vez mais”, comenta o professor e pesquisador Edgard Lamounier.

Além do projeto, já em uso pela Eletrobras, os professores coordenam diversas pesquisas em colaboração da indústria e entidades, inclusive internacionais. “O Alexandre e o Edgard são pioneiros em Realidade Virtual e Aumentada no Brasil. Além de constituir fortes pilares da pesquisa de tais tecnologias, nas últimas décadas, eles também criaram, organizaram e participaram de inúmeras conferências, levando a Realidade Virtual e Aumentada a outros campos de conhecimento, como Educação,  Saúde e Psicologia, contribuindo também para a disseminação dessa área em outras áreas correlatas”, destacou, durante a solenidade, a presidente da Comissão do Prêmio CERV - Destaque em XR 2025, Fátima L.S. Nunes professora/USP. 

Para Lamounier, a RV e a RA transcenderam os limites dos laboratórios, encontrando aplicações robustas na indústria e no comércio. Diversas áreas, como Medicina, Educação e Engenharia, incorporam essas tecnologias em seu cotidiano. Um fator adicional que impulsionou essa evolução foi o surgimento da Indústria 4.0, onde RV/RA desempenham um papel vital na integração de informações de múltiplos sistemas em um ambiente de interação intuitiva e natural.

Durante a entrega dos prêmios ainda foi destacado o papel fundamental dos professores e pesquisadores da UFU na consolidação da pesquisa em Realidade Virtual e Aumentada no Brasil, com destaque para o trabalho do GRVA na formação de gerações de pesquisadores, fortalecendo a comunidade científica e apontando para novas formas de integrar ensino, pesquisa e extensão universitária no fortalecimento da economia nacional.  

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