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PRÊMIO

Professora da UFU é agraciada no prêmio Futuras Cientistas

Programa busca reconhecer projetos que incentivam meninas na ciência e tecnologia

Publicado em 11/11/2025 às 11:41 - Atualizado em 17/11/2025 às 18:41

A tutora vencedora, à direita, em conjunto com a equipe que ajudou a desenvolver o projeto (Foto: Arquivo Pessoal)

Desenvolvido pelo Centro de Tecnologias Estratégicas do Nordeste (Cetene), o programa Futuras Cientistas busca promover o contato de alunas e professoras da rede pública de ensino com as áreas de Ciência, Tecnologia, Engenharia e Matemática (STEM), com o objetivo de promover a igualdade de gênero no mercado profissional e acadêmico.

De acordo com o portal do Governo Federal, a partir do programa, ocorreu a redução de barreiras para o acesso e permanência de meninas e mulheres nos espaços científicos, como consequência do desenvolvimento do pensamento e de atividades científicas transdisciplinares. Em dez anos, 70% das participantes do programa foram aprovadas no vestibular. Destas, 80% escolheram cursos nas áreas de Ciência e Tecnologia.

O Prêmio Futuras Cientistas surgiu por meio de uma parceria entre o Cetene e a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), com o propósito de dar visibilidade e valorizar projetos que buscam incluir alunas e professoras de escolas públicas estaduais em espaços de desenvolvimento científico. 

A iniciativa busca reconhecer uma estudante que tenha sido aprovada e ingressado na graduação em universidade pública e que seja ex-participante do Módulo Imersão Científica 2024 do Programa Futuras Cientistas; uma professora de cada estado que tenha participado do Módulo Imersão Científica 2024 do Programa Futuras Cientistas; e, por fim, três tutoras de cada região do país que sejam ex-participantes do Edital Cetene 03/2023 e que tenham tido seus projetos aprovados e executados dentro das normas do programa

 

Tutora da UFU é premiada

Neste ano, em todo o Brasil, foram selecionadas 15 tutoras como ganhadoras do prêmio. Entre elas está a professora do Instituto de Ciências Exatas e Naturais do Pontal da Universidade Federal de Uberlândia (ICENP/UFU), Milena Almeida Leite Brandão, pelo projeto “Triângulo de Minas em STEM: Uma Rede de Apoio para Inclusão de Meninas no Ensino de Ciências, Tecnologia, Engenharia e Matemática”. O projeto tem o intuito de estimular alunas e professoras da rede estadual a explorarem o universo da robótica por meio de oficinas interativas, imersões tecnológicas e experiências práticas.

“É uma sensação de realização. Eu brinco que tenho sentido que cresci na vida. Ter o nosso projeto aqui de Ituiutaba reconhecido nacionalmente é um grande privilégio. Mas é importante mencionar que esse prêmio não é só meu. Eu fui a tutora do projeto em 2025, mas, junto comigo, trabalharam várias outras professoras e discentes do curso de Matemática. O prêmio vem no meu nome porque eu era responsável pelo projeto, mas é um prêmio conjunto, porque todo mundo colaborou”, comenta Brandão sobre o recebimento do prêmio.

O projeto da professora surgiu como forma de solucionar alguns problemas, como a participação feminina no STEM ser significativamente menor que a masculina, os estereótipos de gênero, as barreiras sociais e a falta de representatividade feminina. Para a inclusão das garotas na área da robótica, foi distribuído entre as participantes do projeto um kit com mais de 500 itens, dentre componentes eletrônicos e blocos de montagem, chamado Estrutech. Com o kit, é possível construir uma variedade de projetos robóticos, sejam eles simples ou complexos, sendo uma forma de aprender robótica de modo lúdico, já que ele é composto por diversos sensores, atuadores e blocos de montagem fáceis de usar.

“Nós já tínhamos esse grupo de pesquisa aqui em Ituiutaba, um grupo de mulheres e para meninas. O nosso interesse era fortalecer o nosso grupo de mulheres e também fortalecer a área das mulheres na STEM. E aí nós começamos a procurar editais abertos e encontramos esse edital do Futuras Cientistas. Então fizemos o primeiro projeto, que foi contemplado, o segundo também em 2025 e agora o terceiro em 2026. Então, já vai fazer três anos que nós estamos sendo contempladas nesse projeto”, acrescenta a professora sobre a adesão ao programa Futuras Cientistas.

Brandão finaliza comentando que, quando uma menina participa de um programa desse, além de poder programar um robô e montar um experimento, ela também ouve e vê mulheres cientistas da área de STEM contando a sua história. Ainda de acordo com a coordenadora do projeto, elas percebem que também podem estar ali, naquele lugar. “As meninas olhavam para as professoras e ficavam: ‘Nossa, se vocês conseguiram, a gente também consegue’.”

 

 
Kit Estrutech
Kit de montagem oferecido pelo projeto para as participantes (Foto: Arquivo Pessoal)

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Palavras-chave: Premiação futuras cientistas Mulheres Cientistas igualdade de gênero

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