Joelho doendo? Participe de pesquisas da UFU que podem ajudar

Sentir dor no joelho é mais comum do que se imagina. Segundo a pesquisa “Saúde e qualidade de vida: a relação com os pés, tornozelos e joelhos”, realizada pelo projeto Pés Sem Dor, mais de 65% dos brasileiros sentem desconfortos nas articulações dessa região do corpo, uma das mais complexas e essenciais para os movimentos do dia a dia.

Na Universidade Federal de Uberlândia (UFU), o Laboratório de Avaliação em Biomecânica e Neurociências (Labin) está conduzindo pesquisas voltadas a investigar as dores no joelho em mulheres. O grupo busca voluntárias, de diferentes faixas etárias, dispostas para avaliações fisioterapêuticas, que fazem parte do estudo desenvolvido.

Será que você se encaixa em algum dos perfis procurados?

Osteoartrite 

A osteoartrite é uma doença degenerativa que apresenta dor persistente no joelho, frequentemente acompanhada de limitação dos movimentos da região. "Este quadro doloroso está associado à redução da capacidade de função de vida diária, como caminhar, levantar e sentar em uma cadeira, assim como subir e descer de degraus”, explica o mestrando do Programa de Pós-graduação em Fisioterapia da UFU Rafaelo Cortez.

O estudo realizado pelo pesquisador, além de compreender os aspectos físicos do corpo, busca expandir o conhecimento sobre a osteoartrite e o seu impacto no dia a dia dos pacientes avaliados. Cortez destaca que a faixa etária mais acometida pela doença são pessoas acima de 50 anos, sendo as mulheres as mais afetadas. 

A pesquisa convoca voluntárias, entre 50 a 70 anos, com dor no joelho, referente a osteoartrite ou artrose, e mulheres sem queixas de dor. A participação de pacientes com e sem dor é fundamental para a produção da pesquisa, uma vez que serão utilizados ambos os grupos como comparativo para evitar que outros aspectos interfiram nos resultados. 

As voluntárias interessadas em participar devem responder o questionário ou entrar em contato com o mestrando Rafaelo Cortez pelo telefone (34) 99106-5359. As participantes, com quadro de osteoartrite no joelho, serão convidadas a participar de um programa de intervenção em educação em dor na Clínica Escola da Faculdade de Educação Física e Fisioterapia.

Disfunção femoropatelar

Já a disfunção femoropatelar é uma condição que causa dor na região anterior do joelho, especialmente em mulheres entre 18 e 30 anos. “Acredita-se que ela ocorre em decorrência de diferentes fatores, como alterações no alinhamento de membro inferior, fraqueza muscular de coxa e musculatura glútea, entre fatores não físicos, como o medo ao movimento”, descreve a estudante de fisioterapia na UFU Mel Batoni. Os principais sintomas podem se manifestar em atividades como subir e descer escadas, agachar, correr ou ficar muito tempo sentado. 

“A pesquisa foca na análise da confiabilidade de três testes funcionais muito utilizados na Fisioterapia, durante o processo de avaliação e também tratamento, são eles: o salto triplo, o salto vertical e o teste de equilíbrio em Y”, explica a discente”, explica a discente. Embora o uso comum, Batoni ressalta que ainda são poucas as evidências sobre a confiabilidade deles em mulheres com  disfunção femoropatelar.

Os dados coletados durante avaliações terapêuticas permitem analisar a consistência dos testes, por meio da comparação e análise dos resultados. O estudo busca voluntárias que realizem atividades físicas pelo menos 3 vezes na semana, apresente dor femoropatelar há pelo menos seis meses e sintam desconforto no joelho ao executar alguns movimentos como agachar, ajoelhar e correr. “Cada participante contribui diretamente para que o estudo gere informações mais sólidas e confiáveis, que futuramente poderão auxiliar outros profissionais e pacientes que lidam com o mesmo tipo de dor no joelho”, aponta Batoni.

As interessadas devem entrar em contato pelo WhatsApp 34 99779-8575 para uma triagem inicial com a equipe do estudo. Posteriormente, os dois encontros para avaliação acontecerão no Ginásio 7 da Faculdade de Educação Física e Fisioterapia (Faefi-UFU).

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