Movimentos sociais iniciam construção do Fórum Olívia Calábria na UFU

O Centro de Incubação e Empreendimentos Solidários (CIEPS), da Universidade Federal de Uberlândia, sediou no dia 10 de dezembro, o primeiro encontro voltado à construção do Fórum Olívia Calábria. A atividade reuniu coletivos, movimentos populares e grupos comunitários para iniciar um processo de organização em conjunto e diálogo entre a universidade e a sociedade civil. 

A iniciativa homenageia Olívia Calábria, figura importante na história política de Uberlândia. Militante do Partido Comunista Brasileiro, participou de comitivas internacionais e se destacou na defesa dos direitos das mulheres, além de contribuir de forma decisiva para o fortalecimento das lutas sociais e dos direitos humanos na cidade, fator que dialoga diretamente com a escolha do dia 10 de dezembro, data em que se celebra o Dia Internacional dos Direitos Humanos.

O encontro recebeu diferentes organizações, entre elas: Central de Movimentos Populares, Coletivo Íris, Coletivo Malungô de Capoeira, Comunidade Somos Nós, Cozinha Comunitária Zaire Rezende, Levante Popular da Juventude, Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), Movimento Negro Unificado (MNU), Movimento Voz Inclusiva e Projeto Amar Atípico, além de outros grupos atuantes na região.

A reunião foi organizada pela professora Neiva Flávia, da Faculdade de Direito (FADIR) e diretora do CIEPS, que ressaltou o papel do Fórum como espaço de união entre pautas e frentes de luta. Durante sua intervenção, destacou a importância de ter na universidade um ambiente guiado pelas próprias entidades. “Estamos retomando a presença dos movimentos sociais dentro da UFU. Este é um território que marca nossa união, e do qual não sairemos mais”, afirmou. Para ela, o Fórum representa um compromisso de somar forças: “Cada grupo tem sua pauta, mas precisamos uns dos outros. A luta de um não se sustenta sozinha. O Fórum vai existir para que a gente caminhe junto, definindo nossas demandas e construindo ações que façam sentido para todas e todos”.

Ao final da atividade foram definidos os primeiros encaminhamentos coletivos e iniciado o processo de elaboração do regimento interno, documento que deve ser concluído até março de 2026, com o viés de orientar o funcionamento do Fórum e sua relação com a universidade e os movimentos sociais. 

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