Publicado em 01/08/2023 às 21:00 - Atualizado em 22/08/2023 às 16:38
A Universidade Federal de Uberlândia (UFU) foi uma das instituições que participaram, entre 23 e 29 de julho, da 75ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência, a SBPC.
Neste ano, a reunião teve como tema "Ciência e democracia para um Brasil justo e desenvolvido". As atividades ocorreram no Centro Politécnico da Universidade Federal do Paraná (UFPR), em Curitiba, e em espaços centrais da capital paranaense.
Considerado o maior evento científico da América Latina, teve, nesta edição, mais de 8 mil participações presenciais nas 220 atividades de diversas áreas do conhecimento.
Ana Bonetti: 'É muito importante nós estarmos aqui representando a nossa universidade'. (Foto: Marco Cavalcanti)
Ana Bonetti, docente do Instituto de Biotecnologia (Ibtec/UFU), é membro do Conselho da SBPC e fez a apresentação da conferência “Alerta ou perigo dos microplásticos em solos: contaminantes ou poluentes?”, ministrada pela docente Eloana Bonfeur, da UFPR.
Bonetti também ofereceu a oficina sobre hereditariedade “Sou lindo... e meus filhos??? Mendel responde”, na ExpoJovem. A ExpoJovem é um dos eventos associados à reunião anual e que incentiva o contato de estudantes dos ensinos fundamental, médio e técnico com o conhecimento científico.
“Se considerarmos que o tripé da universidade é ensino, pesquisa e extensão, nós estamos na reunião certa para ouvir sobre tudo isso [que é dito] por pessoas que são altamente especializadas em cada uma dessas áreas. É muito importante nós estarmos aqui representando a nossa universidade”, destacou Bonetti, acrescentando que a reunião anual é uma oportunidade de ver as pessoas se posicionando sobre os diversos temas, trazendo e levando contribuições.
O reitor da UFU, Valder Steffen Junior, foi eleito um dos vice-presidentes da Andifes. (Foto: Divulgação/Andifes)
Na reunião, o reitor da UFU, Valder Steffen Junior, foi eleito um dos quatro vice-presidentes da Associação Nacional de Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes). O mandato da nova diretoria, presidida pela reitora da Universidade de Brasília (UnB), Márcia Abrahão Moura, se refere ao período 2023/2024.
Matheus Barros: ‘É uma oportunidade que você tem de participar de conferências nacionais que são decisórias no campo da ciência e tecnologia’. (Foto: Marco Cavalcanti)
Para Matheus Barros, mestrando do Programa de Pós-Graduação em Ensino de Ciências e Matemática da UFU (PPGECM/UFU), é muito importante ter uma mobilização por parte da instituição de pesquisa para que seus profissionais participem da reunião anual.
“Porque é uma oportunidade que você tem de estar com pesquisadores de outras partes do país, de compartilhar experiências, tanto no da sua área de pesquisa, em relação à popularização e divulgação da ciência, participar de conferências nacionais que são decisórias no campo da ciência e tecnologia”, afirmou Barros.
O mestrando é bolsista de Desenvolvimento Científico e Tecnológico e Inovação do Museu Diversão com Ciência e Arte (Museu Dica/UFU) e participou do Encontro Divulgação e Popularização da Ciência (promovido pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação) e da Reunião de Mobilização da 20ª Semana Nacional de Ciência e Tecnologia (SNCT).
Hélder da Silveira: 'A reunião da SBPC é um espaço de democratização e de mostra daquilo que a ciência, que a pesquisa, que a tecnologia têm produzido'. (Foto: Marco Cavalcanti)
O pró-reitor de Extensão e Cultura da UFU, Hélder Eterno da Silveira, foi um dos palestrantes da mesa-redonda “Desafios e mudanças no ensino superior: curricularização da extensão universitária”. Conforme explicou Silveira, com as mudanças na legislação ocorridas nos últimos anos, o índice de universitários que fazem extensão pulou de 23% para 100%.
“Isso significa que o currículo tem que ser ajustado. O projeto pedagógico tem que ser ajustado. A contratação de professores tem que ser ajustada. A lógica do funcionamento da própria universidade precisa ser ajustada”, argumentou o pró-reitor.
Segundo Silveira, estamos diante de uma mudança não apenas nos projetos pedagógicos, mas de uma mudança de paradigma de universidade: da relação pedagógica “conhecimento-professor-aluno” para “conhecimento-professor-aluno-comunidade”.
“É isso que a SBPC faz. A própria SBPC é um espaço de extensão, é um espaço de diálogo com a comunidade. É um espaço de democratização e de mostra daquilo que a ciência, que a pesquisa, que a tecnologia têm produzido”, complementou o professor.
Daniela Carvalho: ‘É uma inserção importante, neste momento, para a gente discutir as outras possibilidades de ampliação da ciência’. (Foto: Marco Cavalcanti)
"Arte e ciência nos museus de ciência" foi o tema da mesa-redonda na qual Daniela Franco Carvalho, docente do Instituto de Biologia (Inbio/UFU), foi uma das palestrantes. Ela faz parte do Comitê de Assessoramento em Divulgação Científica do Conselho Nacional de Pesquisa, o CNPq.
Daniela Carvalho comentou a oportunidade de participação na reunião da SBPC: “É uma inserção importante, neste momento, para a gente discutir as outras possibilidades de ampliação da ciência, para a gente pensar mesmo em processos de democratização, dessa ciência mais justa, mas acessível. Isso é uma coisa muito importante”, ressaltou.
“Para a Universidade Federal de Uberlândia, a gente ter essa participação é um marco, porque é um evento gigante, que a gente tem, assim, um trabalho sendo reconhecido, sendo valorizado por uma sociedade inteira”, observou a docente.
Cleudmar Araújo: 'A maior parte do que o Cintesp produz não existe no mundo'. (Foto: Marco Cavalcanti)
O Centro Brasileiro de Referência em Inovações Tecnológicas para Esportes Paralímpicos (Cintesp.Br), coordenado por Cleudmar Amaral Araújo, professor da Faculdade de Engenharia Mecânica (Femec/UFU), foi uma das instituições participantes do evento.
O centro multidisciplinar de pesquisa e inovação em tecnologias assistivas, que é vinculado à UFU, ofereceu um catálogo com 34 produtos prontos para ser comercializados durante a ExpoT&C, mostra integrante do Reunião Anual da SBPC e que reúne universidades, institutos de pesquisa, agências de fomento, entidades governamentais e outras organizações interessadas em apresentar novas tecnologias, produtos e serviços.
O coordenador lembrou que os produtos apresentados são fruto de pesquisa e desenvolvimento feitos na universidade e a partir de uma rede colaborativa. “O Cintesp traz aqui soluções inovadoras. A maior parte do que o Cintesp produz não existe no mundo, é totalmente novo e vem mudando a vida das pessoas”, concluiu Araújo.
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Palavras-chave: Reunião SBPC Ciência Divulgação Científica UFU
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