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Leia Cientistas

Jogo desenvolve habilidades emocionais e sociais em crianças com autismo ou deficiência intelectual

Confira, na seção 'Leia Cientistas', o relato do desenvolvedor do 'Michelzinho'

Publicado em 08/05/2020 às 15:54 - Atualizado em 22/08/2023 às 16:52

 

Jogo foi desenvolvido por Adilmar Coelho Dantas, doutorando em Ciência da Computação na UFU. (Foto: Arquivo do pesquisador)

 

Michelzinho é o nome do personagem virtual do jogo desenvolvido para celular e computador que auxilia crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA) ou deficiência intelectual a aprender e aperfeiçoar as habilidades desses indivíduos em reconhecer e expressar as emoções corretamente. 

O autismo pode ser identificado através da análise de alguns comportamentos, como falta de relacionamento interpessoal, contato visual, frieza emocional e dificuldades em focar em algumas atividades. No entanto, é necessária uma avaliação médica para diagnosticar cada caso.

Desenvolvido por mim, Adilmar Coelho Dantas, doutorando em Ciência da Computação na Universidade Federal de Uberlândia (UFU), o jogo conta com inteligência artificial, que simula a inteligência humana, e técnicas avançadas de análise e processamento digital de imagens para que a aplicação seja capaz de identificar e classificar as emoções dos jogadores em tempo real. 

Para isso, desenvolvI diversos cenários interativos e situações sociais especialmente para que a criança possa aprender as emoções e, posteriormente, aplicá-las em situações reais. Nesses cenários são trabalhadas as seis emoções básicas: alegria, tristeza, raiva, medo, desgosto e surpresa, que esse tipo de público encontra dificuldades em desenvolver naturalmente devido ao transtorno.

 

Clique na imagem para acessar o jogo. (Foto: Arquivo do pesquisador)

 

Trabalhando essas habilidades corretamente, essas crianças têm maiores possibilidades de criar, desenvolver e manter melhor suas interações sociais com outros indivíduos de maneira natural, permitindo assim se ajustarem melhor ao mundo.

Atualmente, o jogo está disponível para aparelhos celulares da plataforma Android (acesse aqui) e para computadores em geral no site: https://michelzinho.pushsistemas.com.br. No total já foram jogadas mais de 350 mil partidas, e cada partida jogada ainda ajuda a treinar e aperfeiçoar ainda mais a pesquisa em desenvolvimento por meio da análise de dados da face em tempo real.

Em tempos de isolamento social devido à Covid-19, aplicações como essa são uma boa alternativa para entretenimento e ao mesmo tempo desenvolvimento desse público em específico e tão carente de soluções tecnológicas principalmente aquelas que trabalham aspectos sociais e emocionais. 

 

Adilmar Coelho Dantas possui graduação em Sistemas para Internet pelo Instituto Federal do Triângulo Mineiro e mestrado em Ciência da Computação pela Universidade Federal de Uberlândia (UFU). Atualmente é aluno de doutorado da UFU. Tem experiência na área de Ciência da Computação, com ênfase em Sistemas de Computação, atuando principalmente nos seguintes temas: Tecnologia, informática na educação, inteligência artificial, experimentação remota, computação afetiva e ciência de dados. Tem experiência com algoritmos para o reconhecimento em tempo real de faces e emoções em ambientes híbridos. Site: https://adilmar.com.br.

 

A seção "Leia Cientistas" reúne textos de divulgação científica escritos por pesquisadores da Universidade Federal de Uberlândia (UFU). São produzidos por professores, técnicos e/ou estudantes de diferentes áreas do conhecimento. A publicação é feita pela Divisão de Divulgação Científica da Diretoria de Comunicação Social (Dirco/UFU), mas os textos são de responsabilidade do(s) autor(es) e não representam, necessariamente, a opinião da UFU e/ou da Dirco. Quer enviar seu texto? Acesse: www.comunica.ufu.br/divulgacao. Se você já enviou o seu texto, aguarde que ele deve ser publicado nos próximos dias.

 

Palavras-chave: Leia Cientistas Computação autismo

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