Publicado em 29/03/2022 às 10:34 - Atualizado em 22/08/2023 às 16:39
O Transtorno do Espectro Autista (TEA) é um distúrbio neurológico que pode afetar a interação social e a capacidade de comunicação, de acordo com o Ministério da Saúde do Brasil. Há variações quanto ao grau de comprometimento, que deve ser avaliado o quanto antes para começar o tratamento.
Com o objetivo de desenvolver métodos computacionais para auxiliar a área da saúde no diagnóstico do TEA, o professor Murillo Guimarães Carneiro, da Faculdade de Computação (Facom) da Universidade Federal de Uberlândia (UFU), coordena um projeto que também contribui para a inclusão social das pessoas autistas.
Carneiro afirma que o método pode facilitar e tornar mais preciso o diagnóstico do autismo, que atualmente é feito por meio de observações clínicas e avaliações comportamentais, além de favorecer a intervenção precoce.
O método, que ainda está em desenvolvimento pelos pesquisadores da UFU, utiliza a espectroscopia, uma técnica que determina as interações moleculares de luzes infravermelhas emitidas por meio da saliva. E o resultado disso é analisado por algoritmos que podem identificar os pacientes com TEA.
A inteligência artificial (IA) é aliada do projeto. “O que eu costumo dizer para os meus alunos é que a IA é o desenvolvimento de métodos computacionais que vão simular decisões, comportamentos e aprendizados de uma forma lógica e racional. Em certas aplicações, ela pode atuar na tentativa de simular o pensamento e a forma de agir do ser humano”, explica Carneiro.
Os sistemas complexos são usados para criar novas soluções em IA. “É um campo rico, do qual conseguimos aproximar e entender parte dele”, relata o pesquisador. As redes sociais e a rede cerebral humana são exemplos de sistemas complexos, que compreendem um conjunto de unidades que interagem entre si.
Imagem de uma rede complexa, gerada pelos dados do pesquisador. (Foto: Murillo Guimarães Carneiro)
O projeto conta com a colaboração de outros docentes da UFU, como Robinson Sabino da Silva, professor da Faculdade de Odontologia (FO) e especialista em dispositivos sustentáveis para diagnóstico de doenças por saliva.
“A gente tem trabalhado por pelo menos dez anos desenvolvendo novos modelos e conseguido resultados muito interessantes e promissores nesse estoque. O objetivo é explorar esse tópico e também no diagnóstico de TEA”, conclui o professor Carneiro.
Saiba mais no Ciência ao Pé do Ouvido
O episódio #40 do Ciência ao Pé do Ouvido, o podcast de divulgação científica da UFU, traz a entrevista com o professor Murillo Guimarães Carneiro sobre seu projeto que pretende usar inteligência artificial nos diagnósticos precoces de TEA.
Além de apresentar mais detalhes sobre o projeto do professor e o papel da IA, o episódio #40 também discute algumas possibilidades para o diagnóstico do TEA para pessoas já na fase adulta da vida.Você gostaria de tirar alguma dúvida com um cientista da universidade? Quer comentar os assuntos que já abordamos? Mande áudio no Whatsapp do Ciência ao Pé do Ouvido: (34) 99966-2021. Sua voz pode chegar ao pé do ouvido nos próximos episódios!
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Palavras-chave: podcast Ciência ao Pé do Ouvido autismo Autista Computação inteligência artificial Redes Complexas
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