Publicado em 28/09/2021 às 09:15 - Atualizado em 22/08/2023 às 16:51
Suspensão das aulas presenciais trouxe uma nova realidade para os docentes (Foto: Freepik)
Os professores que atuam no ensino superior em instituições públicas e privadas de todo o Brasil estão convidados a participar da pesquisa sobre o impacto da pandemia de covid-19 em suas vidas, desenvolvida pela Liga de Ciências do Exercício na Saúde (Lices), da Universidade Federal de Uberlândia (UFU).
O objetivo do estudo, coordenado pela professora Nadia Cheik, da Faculdade de Educação Física e Fisioterapia (Faefi/UFU), é avaliar os efeitos da pandemia nos aspectos nutricionais, nível de atividade física, comportamento sedentário e padrão de sono em docentes do ensino superior.
Segundo os pesquisadores, a suspensão das aulas presenciais trouxe uma nova realidade para os docentes, que tiveram que se adaptar à nova realidade e adotar novas estratégias de ensino e aprendizagem virtuais. "As inúmeras mudanças, como aprender a lidar com a tecnologia, lidar com sentimentos causados pelo momento atípico atual, o aumento das horas trabalhadas e a dificuldade de conciliar a vida pessoal com a vida profissional, podem contribuir significativamente para a piora da saúde desses profissionais durante esse período", afirma a estudante Caroline Pereira Garcês, do curso de graduação em Educação Física, que integra a Lices.
A hipótese dos cientistas da UFU é de que os professores ficaram mais suscetíveis a longas jornadas de trabalho, alimentação inadequada, alta prevalência de insônia e sedentarismo, o que pode levar a um estilo de vida desalinhado em relação ao ciclo circadiano (o que chamamos popularmente de relógio biológico) que influencia a ingestão de alimentos, o nível de atividade física e o metabolismo.
"Acreditamos que a pandemia da covid-19 ocasionou diminuição do nível de atividade física, aumento do comportamento sedentário, piora dos hábitos alimentares e de sono, o que pode acarretar no aumento do risco de desenvolvimento de doenças crônicas não transmissíveis", explica Garcês.
A partir da identificação dos impactos da pandemia nessa população, a equipe de cientistas pretende auxiliar no desenvolvimento de políticas públicas e conscientizar sobre a importância de hábitos saudáveis, para minimizar os efeitos negativos causados por esse período.
Além de Cheik e Garcês, compõem a equipe de pesquisadores a professora Cibele Crispim, da Faculdade de Medicina (Famed/UFU), e os estudantes de graduação Camila Faleiros Veloso Soares, da Nutrição; Fernanda Gonçalves de Araújo e Tássia Magnabosco Sisconeto, da Educação Física; Guilherme Cabral Borges Martins e Thiago Ferreira Moreira, da Medicina; Marina Abreu Dias e Rafaella Andrade Vivenzio, da Psicologia; e Yanne da Silva Camargo, da Enfermagem.
A Lices é uma liga acadêmica multidisciplinar, sem fins lucrativos, com atuação integrada e vinculada à Faefi/UFU. É composta por alunos dos cursos de Educação Física, Enfermagem, Nutrição, Fisioterapia, Medicina e Psicologia. O grupo trabalha com temas relacionados a áreas da saúde, por meio de reuniões científicas e realizações de eventos, buscando contribuir com o aperfeiçoamento do processo acadêmico e científico.
Os docentes de ensino superior interessados em participar do estudo devem preencher o formulário on-line e anônimo até 1º de dezembro. Em caso de dúvidas, basta entrar em contato com a liga pelo e-mail lices.ufu@gmail.com ou pelo Instagram @licesufu.
Integrantes da Liga de Ciências do Exercício na Saúde da UFU (Foto: Arquivo da Lices)
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Palavras-chave: Lices saúde professores pandemia COVID-19 UFUContraOCorona Ciência Educação Física
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