Publicado em 18/11/2021 às 10:53 - Atualizado em 22/08/2023 às 16:51
Emília Rezende Vaz e Vivian Alonso Goulart fazem os estudos sobre a biópsia líquida no Laboratório de Nanobiotecnologia da UFU. (Foto: Milton Santos)
Nos últimos anos, o portal Comunica UFU vem contando a história do desenvolvimento de um novo exame de próstata: uma biópsia líquida que pode detectar câncer por meio do sangue. Um dos cientistas que liderava os estudos era Luiz Ricardo Goulart Filho, professor da Universidade Federal de Uberlândia (UFU), que faleceu em outubro, em decorrência de complicações da covid-19, mas a equipe do Laboratório de Nanobiotecnologia continua o trabalho.
A metodologia já foi criada, a patente está registrada e, agora, o projeto coordenado pela professora Vivian Alonso Goulart, do Instituto de Biotecnologia, está em fase de validação. Essa fase é feita por meio do Registro Brasileiro de Ensaios Clínicos (ReBEC), vinculado ao Ministério da Saúde, à Organização Panamericana de Saúde (Opas) e à Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). São necessárias mais de mil amostras de sangue nessa fase.
Os pacientes que já estão em tratamento ou que têm consulta agendada no setor de Urologia do Hospital de Clínicas da UFU podem manifestar, para o urologista, o interesse em participar da pesquisa, explica a biomédica Emília Rezende Vaz, que faz pós-doutorado no Programa de Pós-Graduação em Genética e Bioquímica e é responsável pelos exames de validação.
O exame é chamado de biópsia líquida, pois se analisa o sangue do paciente, coletado como em um exame de sangue comum. No laboratório, esse sangue passa por duas máquinas: uma centrífuga, que separa as suas partes, e um citômetro de fluxo, que conta e classifica essas partes. Assim, é possível observar a presença de células normais, que se desprendem dos órgãos no processo natural de renovação, e também a presença (ou não) de células tumorais.
Os pesquisadores liberam um laudo que vai ajudar o médico no diagnóstico, em conjunto com outras informações, como histórico familiar do paciente e o exame de toque, que continua sendo importante. As cientistas da UFU destacam que a principal forma de prevenir as doenças prostáticas é com o acompanhamento médico completo.
A pesquisa é financiada por meio de uma parceria público-privada, envolvendo recursos do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia (INCT) e da empresa privada BioGenetics, de Uberlândia.
Imagens: Arquivos dos pesquisadores
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Palavras-chave: novembro azul próstata câncer
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