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Leia Cientistas

Crescem exportações na região de Uberlândia no primeiro semestre de 2022

O aumento de 52,49% ocorreu para receitas em dólares; em quantidades exportadas, crescimento foi de 15,50%

Publicado em 19/08/2022 às 14:39 - Atualizado em 22/08/2023 às 16:39

Entre os produtos que puxaram a elevação do valor exportado destaca-se a soja (+49,49%). (Foto: Freepik)

No Boletim de Comércio Exterior da Região Intermediária de Uberlândia (RGInt de Uberlândia – que congrega 24 municípios) de junho de 2022, é visto que as exportações, no primeiro semestre de 2022 (US$ 1,53 bilhão, R$ 7,67 bilhões), apresentaram crescimento de 52,49% das receitas em dólares comparado ao mesmo período de 2021, e corresponderam a 13,36% do PIB anual da RGInt. Para as quantidades exportadas (1,84 milhão de toneladas), essas foram 15,50% superiores às negociadas no primeiro semestre de 2021. O período também foi marcado pela forte elevação dos preços dos produtos vendidos (31,39%).

 

Exportações da Região Intermediária de Uberlândia – 1º e 2º semestres dos anos de 2020, 2021 e 2022. (Fonte: BRASIL. Ministério da Economia. Elaboração: Cepes/IERI/UFU)

 

Dos vinte e quatro municípios que compõem a região, Uberlândia (US$ 749,89 milhões), Araguari (US$ 516,17 milhões) e Ituiutaba (US$ 188,53 milhões), nessa ordem, foram os maiores exportadores, com destaque para os aumentos de Uberlândia (+44,23%), Araguari (+56,85%) e Ituiutaba (+118,91%).

Entre os produtos que puxaram a elevação do valor exportado no primeiro semestre de 2022, destaca-se, preponderantemente, a soja (+49,49%). Mas, também, foram importantes os aumentos nas receitas com carne bovina congelada (+90,13%), farelo de soja (+83,85%) e café (+60,77%).

 

Valores (US$ milhões) dos principais produtos exportados pela Região Intermediária de Uberlândia no primeiro semestre de 2021 e 2022. (Fonte: BRASIL. Ministério da Economia. Elaboração: Cepes/IERI/UFU)

 

Dentre os 100 diferentes países de destino das exportações da RGInt no primeiro semestre de 2022, a China continuou sendo a maior compradora (64,14%) e, também, foi o principal vetor de expansão do valor exportado (+69,84%).

 

Principais destinos das exportações da Região Intermediária de Uberlândia no primeiro semestre de 2021 e 2022 (US$ milhões). (Fonte: BRASIL. Ministério da Economia. Elaboração: Cepes/IERI/UFU)

 

Destarte, mesmo num cenário econômico desfavorável, a RGInt de Uberlândia apresentou expansão das exportações nos seis primeiros meses deste ano, que esteve relacionada, principalmente, às vendas de soja e de carne bovina para a China, que estão ligadas a alguns fatores:

- À forte elevação dos preços desses produtos, conexa aos problemas de oferta mundiais. 

- À queda das exportações de soja pelos Estados Unidos (principal concorrente), às melhores condições climáticas da região em relação ao Brasil e à América do Sul (Argentina, principalmente) e às restrições quanto às exportações de óleos vegetais impostas a alguns países. 

- Às boas condições de produção de carne bovina e expansão das compras chinesas (também pela ainda recuperação do seu rebanho de suínos), ainda que com elevação dos custos e aumento das exportações dos concorrentes (Estados Unidos).

 

Veja também o vídeo de divulgação do boletim.

 

*Henrique Ferreira de Souza é doutor em Economia e economista/pesquisador do Centro de Estudos, Pesquisas e Projetos Econômico-Sociais (Cepes) do Instituto de Economia e Relações Internacionais (IERI) da Universidade Federal de Uberlândia (UFU).

 

A seção "Leia Cientistas" reúne textos de divulgação científica escritos por pesquisadores da Universidade Federal de Uberlândia (UFU). São produzidos por professores, técnicos e/ou estudantes de diferentes áreas do conhecimento. A publicação é feita pela Divisão de Divulgação Científica da Diretoria de Comunicação Social (Dirco/UFU), mas os textos são de responsabilidade do(s) autor(es) e não representam, necessariamente, a opinião da UFU e/ou da Dirco. Quer enviar seu texto? Acesse: www.comunica.ufu.br/divulgacao. Se você já enviou o seu texto, aguarde que ele deve ser publicado nos próximos dias.

 

Palavras-chave: Leia Cientistas Economia CEPES exportações

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