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Técnicos

Servidores em greve fazem manifestação na reitoria

Assembleia Ato teve participação do DCE, que protestou contra situação do RU

Publicado em 14/05/2014 às 15:16 - Atualizado em 09/06/2025 às 22:11

Os servidores técnicos administrativos da UFU, em greve desde o dia 17 de março, fizeram uma Assembleia Ato em frente à reitoria na manhã desta quarta-feira (14/05), no Campus Santa Mônica. A manifestação teve ainda a participação do Diretório Central dos Estudantes (DCE), que organizou um protesto contra a carência na assistência estudantil, especialmente a superlotação dos restaurantes universitários (RU).

De acordo com Silnando Silvério Ferreira, coordenador geral do Sindicato dos Técnicos Administrativos em Instituições Federais de Ensino Superior de Uberlândia (Sintet/UFU), o objetivo da Assembleia Ato foi sensibilizar os estudantes, os professores e a comunidade em relação às reivindicações do comando local de greve e apoiar o DCE.

Entre as principais reivindicações dos servidores em greve, Ferreira destaca a redução da jornada de trabalho semanal para 30 horas sem redução salarial e a igualdade de participação de professores, técnicos administrativos e estudantes nos conselhos de decisão da universidade. Outro problema apontado pelo sindicato é o uso de mão de obra terceirizada ou de estagiários para realizar o trabalho do servidor, ao invés de se realizar concursos públicos.

O reitor Elmiro Santos Resende recebeu o comando de greve nesta quarta-feira e assumiu o compromisso de se manifestar formalmente junto ao Ministério da Educação e ao Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão para estabelecer as negociações. Segundo José Antônio Galo, chefe de gabinete da reitoria, “a perspectiva é abrir um canal de negociação para ver o que pode ser feito haja vista que nós já estamos sentindo o impacto do movimento grevista no ambiente da universidade e a tendência, que foi observada inclusive na reunião do reitor com a Andifes (Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior), ontem (13/05), foi de que o movimento está tomando uma dimensão nacional e se ampliando. Apostamos negociação e no diálogo”.

Algumas reivindicações do comando de greve, embora dependam de decisões do governo federal, estão recebendo encaminhamento no âmbito da UFU. “Está sendo constituída uma comissão para fazer um estudo de redimensionamento para ver se há possibilidade de implantar o decreto que regulamenta o regime de 30 horas”, afirma Galo.

O Sintet/UFU estima que 60% dos aproximadamente 5 mil técnicos administrativos da UFU tenham aderido à greve.

Estudantes

A manifestação dos estudantes, segundo Max Ziller, aluno do curso de Ciência da Computação da UFU e coordenador geral do DCE, é contra a falta de assistência estudantil suficiente na universidade. O diretório entende que houve ampliação das universidades, especialmente com o Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais (Reuni), mas o investimento em assistência estudantil não acompanhou o aumento do número de vagas.

Com apoio financeiro do Sintet/UFU, o DCE serviu uma galinhada, com custo simbólico de um real, em frente à reitoria e ao RU do Umuarama. Nesta terça-feira (14/05), o diretório realizou uma pesquisa nos restaurantes universitários para saber quanto tempo os estudantes estão gastando nas filas e o que poderiam estar fazendo durante esse período. Os resultados da pesquisa estão sendo apurados e serão encaminhados aos gestores da UFU.

Palavras-chave: greve técnicos administrativos

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