Agroecologia é tema de seminário

O Núcleo de Estudos em Agroecologia e Produção Orgânica (NEA), por meio do Centro de Incubação de Empreendimentos Solidários (Cieps), ligado à Pró-Reitoria de Extensão e Cultura (Proexc/UFU), organizou o seminário Agroecologia para Além da Universidade. O evento aconteceu nos dias 17 e 18 de junho, nos auditórios C e D do bloco 5R do Campus Santa Mônica.

Luisa Azevedo Ribeiro, 25, é bióloga, ex-estudante da UFU Ela explica que a partir de um programa de extensão da UFU surgiu, em 2009, o Grupo Universitário para a Agricultura com Responsabilidade Ambiental e Social (Guarás), atuando com áreas de reforma agrária, na região de Uberlândia juntamente com o NEA. A bióloga explica que o objetivo do evento é refletir sobre os limites e possibilidades acerca das questões da agroecologia, buscando avançar na discussão sobre transição ecológica, relações entre os trabalhadores do campo e da cidade e sobre alimentação saudável e sem agrotóxicos.

O grupo Guarás realiza assistência técnica para os agricultores familiares de Uberlândia e região, principalmente associados à reforma agrária. Também é uma iniciativa do NEA e do Guarás, juntamente com o Cieps, a comercialização dos produtos desenvolvidos por esses agricultores. É a Feirinha Solidária que acontece dentro do espaço da universidade.

Produtos desenvolvidos pelos assentados

Para a estudante de administração e bolsista dos Cieps, Rafaela Moraes, 23, o seminário visa trazer a conscientização e esclarecimentos sobre a agroecologia. “Muitas pessoas ainda acreditam que a agricultura convencional é a melhor só que não. A agroecologia é melhor, pois recupera a natureza. Traz de volta a ela, aquilo que a gente retirou”, salienta a bolsista.

Um dos locais atendidos pelo projeto é o assentamento Novo Tangará. O morador local Ismael Lacerda, 59, é produtor rural assistido pelo Cieps por meio da encubação da Associação dos Mandaleiros de Uberlândia “Desde o início do meu lote, eu pratico a agricultura orgânica. Ver um auditório cheio desse jeito é sinal que a sementinha que a gente plantou lá naquela época está geminando, está crescendo e está dando frutos importante”, finalizou Lacerda.