Publicado em 25/08/2016 às 09:42 - Atualizado em 09/06/2025 às 22:13
Uma pesquisa do Instituto de Física da Universidade Federal de Uberlândia (UFU) foi contemplada com uma bolsa no valor de 12 mil libras esterlinas oferecida pela Royal Society, do Reino Unido
O "Sensing time with atomically thin graphene swings" é um projeto desenvolvido, no Instituto de Física, com duração de dois anos. A pesquisa é realizada pelo docente Antonino Di Lorenzo,da UFU, em colaboração com o grupo de pesquisa do professor Saverio Russo, da Universidade de Exeter, no Reino Unido e é focada em estudar oscilações no Grafeno.
A Royal Society é uma associação composta por cientistas, que se propõe a promover a ciência, incentivando seu desenvolvimento. A pesquisa da UFU foi escolhida para receber o benefício Newton Mobility Grant, que consiste em uma bolsa para auxiliar pesquisadores em viagens, com o propósito de expandir e fortalecer colaborações.
Esse apoio vai custear a vinda de um dos professores do grupo de pesquisa, parceiro, da Universidade de Exeter, à UFU. Além de possibilitar a ida de Antonino Di Lorenzo à universidade inglesa. De acordo com o professor, essas visitas técnicas beneficiam a pesquisa, propiciando uma interação maior entre os dois grupos de pesquisa parceiros. "A visita possibilita a troca de ideias que, pessoalmente, é sempre mais propícia que por e-mail", explica.
Antonino Di Lorenzo afirma também que há a possibilidade de alunos da pós-graduação da Física, que se interessem pela pesquisa, irem ao Reino Unido para esse encontro. "Na Universidade de Exeter, haverá uma parte de treinamento [desses alunos da UFU], com essa equipe de ponta em pesquisa na área", declara.
A pesquisa
O Grafeno é um material novo e sua descoberta levou a um prêmio Nobel da Física, em 2010. Trata-se de uma camada de grafite, aquele mesmo material do lápis de escrever. A pesquisa premiada estuda as oscilações desse material.
Segundo o professor Antonino Di Lorenzo, o estudo almeja "verificar a possibilidade de implementar uma ressonância paramétrica, aplicando uma voltagem de uma frequência apropriada". A ressonância paramétrica pode acontecer em qualquer sistema que oscile. É o caso, por exemplo, de uma criança que brinca no balanço e consegue ir mais alto esticando e recolhendo as pernas, sem que ninguém precise empurrá-la. "No nosso caso, o menino balançando vai ser o grafeno, e o movimento das pernas corresponderá à uma corrente elétrica alternada que passa pelo grafeno", explica.
O objetivo é observar a frequência dessa ressonância, buscando determiná-la com precisão, para que seja possível apontar medidas de tempo precisas.
Palavras-chave: pesquisa Física
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