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Leia Cientistas

Himália: determinação da órbita do maior satélite irregular de Júpiter

Estudo analisou dados coletados entre 1886 e 2022

Publicado em 04/09/2025 às 11:37 - Atualizado em 12/09/2025 às 14:38

Imagem obtida pelo telescópio IAG na noite de 5/8/2022 quando foram observados três satélites irregulares no mesmo campo, sendo Himalia um deles. A imagem foi obtida por Altair Gomes Júnior, docente do Instituto de Física da UFU

Quando pensamos em luas de Júpiter, logo lembramos das grandes e famosas luas galileanas. Mas o planeta também possui dezenas de satélites chamados irregulares, que orbitam longe, em trajetórias inclinadas e alongadas. Esses corpos provavelmente foram capturados pela gravidade do planeta há bilhões de anos e guardam pistas importantes sobre a formação do nosso Sistema Solar.

Meu Trabalho de Conclusão de Curso teve como foco Himália, a maior dessas luas irregulares. Para estudar sua órbita, utilizei dados observacionais coletados desde 1886 até 2022, aplicando métodos de integração numérica e técnicas estatísticas as quais são detalhadas no trabalho. A ideia foi refinar as previsões da trajetória do satélite, fundamentais para campanhas observacionais como as ocultações estelares, que são eventos em que o satélite passa na frente de uma estrela e que permitem medir seu tamanho, dentre outras características.

 

Himália ao redor de Júpiter
Himália ao redor de Júpiter

Na animação apresentada, vemos a órbita de Himália ao redor de Júpiter, obtida a partir das análises realizadas nesse trabalho. O ponto rosado maior representa Júpiter, enquanto o ponto cinza menor indica a posição atual de Himália. Vale destacar que os tamanhos dos corpos não estão em escala real, sendo apenas uma representação para facilitar a visualização. A trajetória mostra a órbita alongada e inclinada do satélite.

O estudo mostrou que, mesmo com um tratamento inicial dos dados, já foi possível obter uma órbita consistente com as efemérides atuais, mas construídas de forma independente. Isso abre caminho para aprimoramentos futuros e para aplicações em outros satélites de Júpiter. O trabalho completo está disponível no repositório da UFU, no periódico institucional, para quem tiver interesse em se aprofundar na leitura. 

Se quiser saber mais sobre satélites irregulares, confira a postagem no instagram do Astronomia UFU sobre satélites irregulares

 

Evelyn Christiny Marques Prais é graduanda do curso de Física de Materiais (bacharelado) da Universidade Federal de Uberlândia. Atuou como divulgadora científica, sendo subcoordenadora e cofundadora do projeto de extensão Meninas da Física. Desenvolveu o projeto "Despertando nas mulheres o interesse pela Física" como bolsista do Instituto Sua Ciência. Instagram: @christinyevelyn


 

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Palavras-chave: Himália Júpiter Física

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