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Cultura

Professor da UFU é jurado no carnaval paulistano

Maurício Orosco, da Música, avaliou a harmonia

Publicado em 19/02/2018 às 13:09 - Atualizado em 09/06/2025 às 22:16

Leandro de Itaquera desfila pela avenida. (Foto: Divulgação/ Liga das Escolas de Samba SP)

Pelo segundo ano consecutivo, o docente Maurício Orosco esteve no grupo de 36 profissionais escolhidos para julgar as escolas de samba do grupo especial do Carnaval de São Paulo. De acordo com o professor, a experiência foi intensa e muito impactante. “Em relação às diferenças, nós como um todo percebemos que as escolas vieram mais preparadas, mais alinhadas com o que foi a avaliação do ano passado”, explica.

Orosco conta que, principalmente em seu quesito - harmonia - as escolas se empenharam bastante. “Em 2017 houve um pouco mais de penalização, mas nesse ano tivemos muitas notas 10". Após receberem os resultados, integrantes das escolas costumam procurar os jurados para entenderem as notas obtidas, o que pode levar à melhoria do desempenho em cada quesito nos anos seguintes.

"Dava pra contar nos dedos: de 3 mil pessoas cantando, pouquíssimos não sabiam a letra [do samba enredo]. O resultado sonoro era sempre muito intenso”, diz. Antes de participar como jurado, o docente não tinha ideia do trabalho social realizado pelas escolas de samba. “O espetáculo tem uma noção de coletividade que não se vê mais, por isso é tão bonito”, opina.

A Acadêmicos do Tatuapé foi a vencedora nesse ano. (Foto: Divulgação/ Liga das Escolas de Samba SP)

Relação com a universidade

Professor do curso de Música, Maurício Orosco afirma que a experiência adquirida no júri contribui muito para sua ocupação. “Quando vejo aquele trabalho ao vivo, eu volto para a sala de aula abastecido. Nosso trabalho como artistas tem que ser um trabalho para o coletivo, para que a arte possa se multiplicar”, explica. O docente diz também que o carnaval é uma maneira de ver o teórico, ensinado na faculdade, tendo um uso concreto.

Além disso, ver um espetáculo como esse de perto desperta uma vontade de tornar a arte mais popular. “Esse chacoalhão nos faz querer que nosso trabalho tenha um propósito, que queiramos afetar bastante gente. Nós acabamos assimilando isso e tentando fazer com que os alunos pratiquem a mesma coisa”, conta.

Palavras-chave: carnaval jurados música

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