Publicado em 26/06/2018 às 11:25 - Atualizado em 22/08/2023 às 16:56
Os minerais são matérias primas que estão presentes em praticamente todas as atividades e aspectos humanos que possamos imaginar. O sal de cozinha, o talco de bebê, a cerâmica que forma os pisos de nossas casas, até mesmo os ossos que sustentam o corpo humano são parcialmente formados por minerais. Mesmo as rochas, popularmente conhecidas como pedras (preciosas ou não), são formadas por um ou mais tipos de minerais.
Se estes pequenos tijolos que ajudam a construir não apenas nossas casas, como nossa própria existência biológica passam batido no dia a dia, os minerais em sua forma sólida podem ser observados no Museu de Minerais e Rochas da Universidade Federal de Uberlândia (UFU). O espaço, que existe desde 1987, reúne registros da formação e evolução de nosso planeta sob a ótica geológica.
“Quem conta essa história pra nós são os minerais e as rochas. Além disso tem o interesse econômico, muita coisa que a gente usa no dia a dia vem de minerais e de rochas”, diz Marcos Henrique de Oliveira Souza, professor do Instituto de Geografia da UFU e coordenador do Museu. O local contém cerca de 750 amostras entre minerais, rochas, fósseis e recursos energéticos.
No caso dos minerais, Souza diz que eles estão presentes nas mais diferentes situações e muitos dos seus usos acabam passando batidos pelo senso comum. “Qualquer metal que a gente usa vem de algum mineral, pode ser ferro, pode ser alumínio, pode ser cobre, pode ser zinco, qualquer metal vem de algum mineral. Algumas rochas como calcário por exemplo são fundamentais na indústria de cimento, na agricultura também, para corrigir solos ácidos no caso”, argumenta.
Outras funcionalidades comuns consistem, por exemplo, na fabricação de vidros, cerâmicas e outros materiais de construção. O Galena, um mineral em exposição no Museu, tem usos na indústria de pigmentos, fabricação de baterias, proteção de radiação e como fonte de minério de prata. Outro, a Apatita, compõe fertilizantes e outros produtos químicos.
Fósseis de peixes em exposição no Museu de Rochas e Minerais da UFU (Foto: Milton Santos)
Já no caso dos fósseis presentes na exposição, estes sintetizam, de acordo com o professor, uma ponte entre a geologia e a biologia. “Os fósseis nos ajudam muito a reconstruir o ambiente anterior do planeta, daquele determinado local onde foi encontrado”, diz Souza. Na exposição estão disponíveis para observação fósseis de plantas e animais, entre eles alguns de dinossauros e seres vivos já extintos. “Temos dois fósseis de fora do país. A gente tem o da Bolívia, que são Trilobitas e alguns dentes de Megalodonte, que vieram do Peru.”
Os Trilobitas são invertebrados nativos de ambientes marinhos no período Paleozóico, há mais de 250 milhões de anos. Já os Megalodontes são parentes gigantes já extintos dos tubarões-brancos e viveram no Oceano Pacífico há cerca de 10 milhões de anos. Os Megalodontes chegavam a medir entre 10 e 18 metros e pesar até 50 toneladas.
Esses e outros fósseis podem ser vistos na exposição permanente do Museu de Minerais e Rochas no bloco 1Q no Campus Santa Mônica da Universidade Federal de Uberlândia (UFU). O Museu funciona de segunda a sexta-feira das 8h às 11h e das 14h às 17h. Também é possível agendar visitas guiadas com grupos escolares através do telefone (34) 3239-4229.
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