Coleção de Palmeiras da UFU ultrapassa 1200 exemplares e 100 espécies identificadas

Reitor da UFU, Valder Steffen (Esq.), diretor de produção vegetal da UFU, professor Maurício Martins, técnico administrativo Valdecir Mateus, professor Reges Eduardo e o diretor do Instituto de Ciências Agrárias da UFU (Iciag), Beno Wendling, no descerramento da placa comemorativa (Foto: Fabiano Goulart)

Jardim das Palmeiras! Para os que tiveram o privilégio de conhecê-lo, o nome, apropriadamente escolhido, traz à mente belas imagens e desperta o sentimento de confiança na renovação e continuidade da vida. Na manhã desta segunda-feira, 26, na Fazenda Experimental do Glória, foram plantadas mudas de “Palmeira-esplêndida” que completam a centésima espécie identificada da coleção – ou Jardim – de Palmeiras da Universidade Federal de Uberlândia.

Doadas pelo Jardim Botânico do Rio de Janeiro, as mudas da “nova moradora do jardim”, pertencem à espécie Verschaffeltia splendida, originária das ilhas Seychelles, arquipélago do Oceano Índico ocidental, próximo a Madagascar, conhecida popularmente no Brasil como Palmeira-esplêndida.

Outro destaque entre as palmeiras são as “Corifas” que pertencem à espécie Coripha umbraculifera, nativa do leste e sul da Índia e Sri Lanka. “Essa espécie é cultivada também na China, Camboja, Mianmar, Tailândia e nas Ilhas Andaman. É uma planta muito interessante. Ela possui uma das maiores inflorescências [conjunto de flores] do mundo e sua folha pode servir de abrigo de chuva para até sete pessoas adultas, como acontece nos países asiáticos, onde ela é nativa”, conta o professor do Instituto de Ciências Agrárias (Iciag), da UFU, Reges Eduardo Franco Teodoro, idealizador do projeto.

Plantas desta espécie, explica o professor, levam de 60 a 70 anos para produzir sementes e logo em seguida morrem. Para o reitor da UFU, Valder Steffen Jr., que plantou a muda da centésima espécie da coleção, esta palmeira, que leva mais de 60 anos para atingir a fase adulta, simboliza muito bem a visão e o propósito da Universidade. “Nós plantamos para o futuro, para as futuras gerações, ou seja, trabalhamos também para os que ainda virão”, afirmou o reitor Steffen Jr., ao comentar sobre os resultados de longo prazo nas diversas áreas de atuação da Universidade. Durante o ato de descerramento da placa que registra o plantio da centésima espécie, o reitor ressaltou que este “é um testemunho da UFU para as novas gerações. Uma coleção que é, seguramente a mais representativa no gênero, dentre as Universidades Brasileiras”, concluiu.

Jardim das Palmeiras

Criada e conduzida, desde o início dos anos de 2000, pelo professor Reges Teodoro, a coleção de Palmeiras da UFU conta hoje com mais de 1200 exemplares de palmeiras nativas e exóticas. Estas, originárias de diversos países de diferentes continentes, representam, aproximadamente, metade da coleção. “Temos espécies originárias de Madagascar, Marrocos, Índia, Sri lanka, EUA, México Ilhas Figi, diversos países da Europa e América Central”, revela Teodoro, que ressalta a importância do espaço. “Além dos alunos de cursos das áreas de ciências agrárias que utilizam o local, estudantes de Pós-Graduação do curso de Artes utilizam o ‘Jardim das Palmeiras’ como fonte de pesquisa e de produção artística, o que já resultou em exposições nacionais e internacionais”, conta orgulhoso.

Além do reitor da UFU, Valder Steffen, e do idealizador e responsável pela implantação e manutenção, Reges Eduardo, e de outros convidados, estiveram presentes o diretor do Instituto de Ciências da UFU (Iciag), Beno Wendling, o diretor de logística, Flávio Martins de Freitas, o diretor de produção vegetal da UFU, Maurício Martins e o técnico administrativo responsável pelos trabalhos de campo da coleção, Valdecir Mateus.

Visitas e obtenção se sementes

Nem todas as palmeiras estão produzindo sementes ainda, explica o professor Reges Teodoro, “entretanto as pessoas interessadas em visitar ou obter sementes das espécies que já estão produzindo, podem fazer a solicitação ao diretor de produção vegetal da UFU, professor Maurício Martins, pelo e-mail mauricio.martins@ufu.br”, conclui o professor.