Publicado em 04/06/2020 às 16:55 - Atualizado em 22/08/2023 às 20:29
Além de mantimentos e produtos de higiene, as beneficiadas pelo ‘Não é sexta, mas cesta!’ também recebem informações e cuidados humanitários (foto: Pâmela Volp/divulgação)
O projeto das professoras da Universidade Federal de Uberlândia (UFU), Amanda Danuello Pivatto (Instituto de Química) e Flávia do Bonsucesso Teixeira (Faculdade de Medicina), começou como uma ação local para arrecadação de cestas básicas e kits de higiene para 40 travestis da cidade de Uberlândia e agora é parte da campanha UFU Solidária. O trabalho passou a ter uma conta bancária associada à Fundação de Apoio Universitário (FAU/UFU) para o recebimento das doações e um carro oficial da universidade para as entregas que acontecem semanalmente.
Além da assistência básica com mantimentos e produtos de higiene, as beneficiadas pelo projeto, batizado de ‘Não é sexta, mas cesta!’, também recebem informações e cuidados humanitários, pois os participantes fazem questão de conversar e instruir as travestis e transexuais com orientações sobre segurança na situação de pandemia.
Outras formas de voluntariado estão presentes na ação, como o caso da estudante Nicolly Cinthia Silvério Silva, do curso de Pedagogia da UFU, que dará aulas para uma das travestis que é analfabeta e sonha em aprender a ler e escrever.
Raquel Cristina Filiagi Gregory, doutoranda em Engenharia Elétrica na UFU, está ajudando nas montagens dos kits, entregas e orientando-as a fazerem o cadastro de diminuição das tarifas de energia elétrica, direito que elas possuem pela sua vulnerabilidade social e que muitas não tinham esse conhecimento. Tutoriais ensinando como fazer a solicitação do auxílio emergencial também foram preparados pelos voluntários. O álcool usado nos kits é produzido pelo Instituto de Química da UFU e foi fornecido pelo professor Marcos Pivatto.
Uma reportagem do Correio Braziliense traz informações do Relatório da Violência Homofóbica no Brasil, publicado pela Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República (SDH), que apontam que 90% das pessoas trans recorrem à prostituição como forma de sobrevivência devido à dificuldade de encontrar empregos, permanecer na escola e conseguir capacitação profissional, além da violência sofrida em casa e na rua.
O ‘Não é sexta, mas cesta!’ publicou nas redes sociais do projeto informações sobre como ajudá-los e um vídeo explicativo que mostra como surgiu a iniciativa.
O vídeo foi feito por Jessica Ribeiro, formada em comunicação social pela Universidade Federal do Mato Grosso, que entrou em contato com Danuello se voluntariando para a edição, depois de ver o projeto nas redes sociais. Abaixo, os links para as redes sociais com informações para doações e compartilhamentos:
Instagram: https://www.instagram.com/naoesextamascesta/?igshid=1axibbueysa00
Facebook: https://www.facebook.com/watch/naoesextamascesta/
Palavras-chave: projeto cestas básicas travestis pandemia
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