Publicado em 10/03/2021 às 15:18 - Atualizado em 22/08/2023 às 20:26
O mês de março, marcado pela celebração do Dia Internacional da Mulher, trouxe novidades para as mídias sociais do Museu Universitário de Arte da Universidade Federal de Uberlândia (MUnA/UFU): o museu celebra o "Mês da Mulher" com uma série de publicações especiais em sua página no Facebook e em seu perfil no Instagram.
O museu homenageia as mulheres com dois tipos de publicações: às quartas-feiras, stories protagonizadas por mulheres da comunidade UFU, que lutam pela igualdade de gênero; e, aos sábados, carrosséis sobre pesquisadoras feministas que atuam nas Artes. As ações estão disponíveis nos Destaques do perfil no Instagram.
Na última quarta-feira (03/03), a vereadora Dandara Tonantzin (PT), que é, também, ativista dos movimentos negro e feminista, protagonizou as primeiras stories especiais do MUnA. “O mote do 8 de Março aqui em Uberlândia, esse ano, é: ‘ainda não acabou’”, indicou ela. “E nós sabemos que ainda não acabaram: a pandemia, a misoginia, as duplas e triplas jornadas de trabalho, o patriarcado, o machismo e o feminicídio. Nós precisamos resistir. Precisamos lutar”, acrescenta.
Da mesma forma, no último sábado, dia 6, o MUnA dedicou um carrossel à mãe, artista e professora do curso de Artes Visuais da UFU Clarissa Borges. Com trabalhos relacionados ao feminismo e à maternidade, ela já desenvolveu diversos projetos de extensão voltados a essas temáticas, como “Gestantes e as Vias de Parto: para ver, sentir e refletir” e “Gestação, Parto e Pós-parto: sentimentos e reflexões”. As publicações em homenagem ao "Mês da Mulher" se estenderão até o final de março.
Carrosséis, postados às quartas-feiras, continuarão a homenagear mulheres relacionadas às Artes.
Mulheres nas artes
Em 2017, o Museu de Arte de São Paulo (MASP) trouxe uma exposição do grupo feminista “Guerrilla Girls”, que denunciou a desigualdade de gênero no campo das artes. De acordo com o grupo, apenas 6% das obras expostas do acervo do MASP são de mulheres, mas 60% das pinturas de nus são femininas.
As estatísticas não afetam apenas o MASP. Segundo a professora do Instituto de Artes (IARTE) da UFU e coordenadora geral do MUnA Tatiana Ferraz, também existem assimetrias no museu da UFU: “Dentro do nosso acervo, existe uma grande desigualdade entre homens e mulheres colecionados.”
Tatiana acredita que o MUnA, por contar com um acervo de arte moderna e contemporânea dedicado ao campo das Artes Visuais, “precisa estar conectado com as pesquisas mais recentes sobre a produção artística” - e essas pesquisas têm indicado “um interesse crescente sobre a temática de gênero e do lugar da mulher no sistema da arte”.
“A gente precisa trabalhar por equidade de gênero e, por isso, é tão importante que o MUnA celebre o mês de março promovendo ações que fomentem a valorização do papel da mulher nas lutas pelos direitos”, afirma a professora. “Posicionar-se politicamente neste mês é demarcá-lo como uma conquista por equidade de gênero, por uma sociedade mais democrática e por um equilíbrio entre homens e mulheres dentro do sistema da arte”, argumenta.
Outros museus desenvolveram programações especiais em homenagem ao "Mês da Mulher", a exemplo do Museu da Diversidade Sexual, o Museu do Futebol, o Memorial da Resistência, o Museu da Casa Brasileira e o Museu Catavento. Conforme ressalta Tatiana: “Não poderia ser diferente no MUnA”.
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Palavras-chave: MUnA. museu Dia internacional da Mulher Mulher
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