Tese de professor da UFU é indicada ao Prêmio Capes

Indicado ao Prêmio Capes de Tese, Vinicius Rofatto é professor do curso de Engenharia de Agrimensura e Cartográfica da UFU. Foto: Arquivo pessoal

A tese de Vinicius Rofatto, professor da Universidade Federal de Uberlândia (UFU), Campus Monte Carmelo, foi indicada ao Prêmio Capes de Tese. Intitulada “UMA EXTENSÃO À TEORIA DA CONFIABILIDADE EM GEODÉSIA”, a pesquisa foi desenvolvida no Programa de Pós-Graduação em Sensoriamento Remoto da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).

A pesquisa aborda a teoria da confiabilidade na área da Geodésia, ciência que estuda a determinação da forma, das dimensões e do campo de gravidade da Terra. Docente do Instituto de Geografia (IG/UFU), Rofatto afirma que, atualmente, existem diversos dados produzidos por técnicas, propósitos e perfis de usuários diferentes. Esses dados representam um desafio em termos de volume e de velocidade em que são gerados.

Com o intuito de superar essa problemática, técnicas de inteligência artificial estão sendo aplicadas na área de computação. “Entretanto, a Geodesia, como ciência, não tem acompanhado os avanços crescentes desta área de inteligência computacional. Por essa razão, aqui (na tese), propomos desenvolver novos algoritmos baseados em inteligência computacional, tais como redes neurais artificiais, lógica fuzzy, computação evolucionária, métodos probabilísticos, entre outros”, explica o professor.

Defesa de Doutorado de Vinicius Rofatto, em 2020. Foto: Arquivo pessoal

Na tese, a teoria da confiabilidade foi descrita por completo. “Essa teoria foi originalmente proposta para quantificar o menor erro que um sistema de medição é capaz de detectar, com certo nível de probabilidade, e a sua influência nos parâmetros do sistema, quando não detectado”, esclarece Rofatto.

O resultado da primeira etapa do Prêmio Capes de Tese está previsto para ser divulgado em setembro de 2021. A indicação representou um marco muito importante para o pesquisador: “O verdadeiro poder do cientista é a força de vontade para chegar à resposta. É um sinal de que estou no caminho certo. É uma vitória em um cenário dramático em que a ciência brasileira vem sofrendo cortes de verbas.”

Na UFU, Rofatto está desenvolvendo um projeto de pesquisa que dá continuidade às questões que não foram completamente respondidas em sua tese. Nessa pesquisa, o questionamento é: como processar e analisar, de forma satisfatória, dados e informações de diferentes naturezas, e em grande quantidade?

Tendo em vista os desafios atuais relacionados aos dados e integrando diversos métodos estatísticos, a proposta é “desenvolver novos algoritmos baseados em  inteligência computacional com o objetivo de desenvolver novos modelos que consigam fornecer as respostas desejadas.”

A pesquisa conta com o apoio do laboratório VizLab - Advanced Visualization Laboratory, da Universidade do Vale do Rio dos Sinos (UNISINOS), e de instituições internacionais por meio da University of Applied Sciences Dresden, da Alemanha, e da Universitat Politècnica de València, da Espanha. O Instituto Militar de Engenharia (IME), o Instituto Federal de Santa Catarina (IFSC) e a Universidade Federal do Paraná (UFPR) também fazem parte do projeto.

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