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Economia

Cesta básica sobe mais de 18% nos últimos 12 meses e Uberlândia completa 17 meses sem registrar deflação

Outubro de 2021 ficou marcado pelo encarecimento de todos os nove grupos analisados no levantamento do IPC-Cepes, com destaque para os transportes, sob influência da alta dos combustíveis

Publicado em 19/11/2021 às 13:04 - Atualizado em 22/08/2023 às 20:25

IPC-Cepes é calculado desde 1979 e, em 2020, sua divulgação passou a ocorrer por meio do YouTube, em virtude da pandemia de covid-19. (Arte: Cepes/Divulgação)

Centro de Pesquisas Econômico-Sociais da Universidade Federal de Uberlândia (Cepes/UFU), vinculado ao Instituto de Economia e Relações Internacionais (IERI), tornou públicos nesta sexta-feira (19/11), os resultados referentes ao mês de outubro de 2021 da Pesquisa Mensal de Preços na cidade de Uberlândia. As divulgações dos boletins do Índice de Preços ao Consumidor (IPC-Cepes) e da Cesta Básica de Alimentos (CBA) têm o objetivo de analisar a dinâmica econômica local, a partir da variação mensal dos preços praticados em produtos e serviços, que refletem o gasto de famílias com rendimento de um a cinco salários mínimos.

No mês passado, o IPC-Cepes fechou com alta de 1,04%, completando 17 meses sem registrar deflação. Com isso, a variação acumulada nos últimos 12 meses foi de 9,52% e, em 2021, já soma 7,37%. Quando comparada com os índices nacionais de inflação, para o mês de outubro deste ano, Uberlândia apresenta uma taxa menor do que a de 1,16% do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), que também mede a variação do custo das famílias com renda mensal de um a cinco salários mínimos. Já em relação ao Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que avalia os gastos das famílias com renda mensal de um a 40 salários mínimos, a taxa do IPC-Cepes é 0,21% mais baixa.

Índices demonstram que Uberlândia acompanha o ritmo nacional, visto que nos últimos 17 meses não é registrada deflação no Brasil, ou seja, uma variação negativa nos preços praticados. (Arte: Cepes/Divulgação)

Referente à pesquisa do gasto mensal da Cesta Básica, foi constatado que em outubro de 2021 os uberlandenses precisaram desembolsar R$ 577,43 para adquirir os produtos (nas quantidades estipuladas) que compõem a CBA do Cepes. Após as quedas consecutivas registradas em maio e junho de 2021, nos últimos quatro meses analisados, o aumento é de R$ 62,86 no valor final da cesta. Em outubro de 2020, o valor da CBA era R$ 487,49 e, no passar de um ano, subiu em R$ 89,94, o que representa uma alta de 18,45%. Dos 13 bens que compõem a CBA, sete apresentaram aumento nos preços de setembro para outubro deste ano. As maiores elevações foram verificadas na batata (30,39%), no tomate (15,74%) e na banana (6,24%). Por outro lado, as maiores reduções nos preços foram: leite (-2,98%), feijão (-2,81%) e pão (-2,53%).

Já no IPC-Cepes, em comparação com setembro de 2021, todos os nove grupos analisados apresentaram aumento de preços, com destaque para os “transportes”, com alta de 2,44% - influenciada pelo item “combustíveis (veículos)”, que ficou 5,34% mais caro e foi o responsável pelo maior impacto no índice inflacionário. Porém, as maiores altas registradas foram nos itens “tubérculos, raízes e legumes” (com 17,55%), seguida por “fotografia e filmagem” (8,85%), “joias e bijuterias” (7,01%) e “roupa infantil” (5,85%). Abaixo, é possível conferir todos os índices de cada grupo analisado.

Dados dos 235 itens para as pesquisas do IPC-Cepes são coletados mensalmente em mais de 500 informantes/estabelecimentos na cidade de Uberlândia, permitindo que a população uberlandense avalie seu poder de compra e realize um melhor planejamento de seus gastos. (Arte: Cepes/Divulgação)

A estimativa de Salário Mínimo Necessário (SMN) para uma família de quatro pessoas, na cidade de Uberlândia, também foi anunciada e ficou em R$ 4.851,03. Carlos Henrique Cássia Fontes é economista do Cepes e foi o responsável pela divulgação dos levantamentos, por meio de um vídeo com os destaques dos boletins no canal do “IERI - UFU” no YouTube. Fontes afirmou que o salário mínimo oficial (R$ 1.100,00) equivale a 22,68% do necessário, conforme a pesquisa, que avaliou o poder de compra no maior município do interior de Minas Gerais, durante o mês de outubro. “Para quem recebeu o salário mínimo em outubro de 2021 o número de horas trabalhadas necessárias para adquirir os produtos da cesta básica de alimentos foi 115 horas e 29 minutos”, informa.

Os economistas do Cepes estão à disposição para mais informações com atendimentos realizados de maneira remota, em virtude da pandemia de covid-19. É possível entrar em contato pelo telefone (34) 3239-4527 ou via e-mailcepes@ufu.br. Todos os boletins já divulgados pelo Cepes, que desde 1979 realiza a produção mensal de pesquisas econômicas, podem ser acessados AQUI.

 

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