Publicado em 20/01/2023 às 12:58 - Atualizado em 22/08/2023 às 17:04
Hanseníase é uma doença contagiosa que necessita de diagnóstico e tratamento. (Foto: Freepik)
A hanseníase é uma doença infecciosa crônica, de grande importância para a saúde pública devido à sua magnitude e o seu alto poder incapacitante, atingindo principalmente as pessoas em faixa etária economicamente ativa, comprometendo seu desenvolvimento profissional e/ou social.
O enfrentamento à hanseníase é um dos principais desafios de saúde pública no Brasil. O tratamento é um direito de todo indivíduo e é garantido no Sistema Único de Saúde (SUS). O diagnóstico precoce é fundamental para a redução da transmissão e do risco de desenvolvimento de incapacidades físicas. Para tanto, o ano de 2023 marcará o início do uso de dois testes de apoio ao diagnóstico e um para detecção de resistência, todos incorporados no SUS em 2022.
O Brasil ainda é responsável por cerca de 90% dos casos novos diagnosticados nas Américas, sendo o segundo país a diagnosticar mais casos no mundo. Em 2019 foram diagnosticados 27.864 casos novos, dos quais 1.545 foram em menores de 15 anos de idade. O coeficiente geral de detecção de casos novos em 2019 foi de 13,23 casos/100 mil habitantes e para os casos novos em menores de 15 anos foi de 3,44 casos/100 mil habitantes, considerados de elevada magnitude. As medidas de vigilância são voltadas ao aumento do percentual e da qualidade dos exames de contatos de hanseníase para o diagnóstico precoce.
Para evidenciar a importância do “Janeiro Roxo”, o Ministério da Saúde (MS) promove em Brasília (DF), entre os dias 24 e 27 de janeiro, o Seminário "Hanseníase no Brasil: da evidência à prática". Coordenadora do Centro de Referência Nacional em Dermatologia Sanitária e Hanseníase (Credesh/HC-UFU/Ebserh), a professora Isabela Goulart foi convidada para participar do evento. Ela fará parte da mesa denominada "Horizonte de desenvolvimento tecnológico no Brasil”, sendo a responsável por abordar o tema “Perspectivas de novos tratamentos farmacológicos para hanseníase – ROM como quimioprofilaxia em contatos".
"Vamos apresentar os resultados desse, que é o principal projeto desenvolvido no Credesh, um dos seis centros de referência nacional em hanseniase no nosso país", conta.
Ainda de acordo com ela, para marcar o mês de enfrentamento à hanseníase, o “Janeiro Roxo”, a equipe do centro realizará diversas abordagens com os pacientes e suas famílias, bem como com as equipes de saúde. "Pretendemos dar visibilidade às ações de enfrentamento à doença, sensibilizar os participantes sobre a importância da busca ativa para o diagnóstico da hanseníase, com ênfase no exame de contatos (ou comunicantes), isto é, aqueles que convivem ou conviveram com o doente antes do tratamento; em especial, aqueles contatos familiares menores de 15 anos de idade, uma faixa ideal para a prevenção, diagnóstico precoce, tratamento oportuno, cura e enfrentamento ao estigma e discriminação", exemplifica Isabela Goulart, acrescentando que a programação especial da campanha prossegue até o próximo dia 2 de fevereiro, podendo ser acessada no site do Credesh.
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Palavras-chave: Hanseníase tratamento Divulgação Janeiro Roxo
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