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Tecnologia Assistiva

Transpondo barreiras por meio do esporte, cultura e educação

Cintesp.Br/UFU desenvolveu diversas atividades no 'Mês Internacional da Pessoa com Deficiência'

Publicado em 03/01/2023 às 11:20 - Atualizado em 22/08/2023 às 16:39

Apresentação, em São Paulo, de novo equipamento de personalização, avaliação, prescrição, treinamento e competição para esportes paralímpicos de arremessos e oficina realizada em um curso de Braile desenvolvido pelo Cintesp.Br/UFU com apoio da Proexc/UFU, em Uberlândia. (Fotos: Divulgação - CPB e Cintesp.Br/UFU)

O projeto “Transpor Barreiras - incluir e informar” foi uma das atividades desenvolvidas pelo Centro Brasileiro de Referência em Inovações Tecnológicas para Esportes Paralímpicos da Universidade Federal de Uberlândia (Cintesp.Br/UFU) voltado para a sociedade em geral para comemorar o "Dia Internacional da Pessoa com Deficiência". A data 3 de dezembro foi instituída pela Organização das Nações Unidas (ONU), em 1992. Voltado para a formação continuada da área de educação inclusiva do Cintesp.Br/UFU, com apoio da Pró-Reitoria de Extensão e Cultura (Proexc/UFU), busca a melhoria da acessibilidade e inclusão de Pessoas com Deficiência e Pessoas com Doenças Raras.

Nas primeiras semanas de dezembro, foram realizadas diversas atividades com foco na cultura e na educação, propondo gerar conhecimentos e divulgar o Braille e a Língua de Sinais (Libras). Todas as ações envolveram a comunidade externa e promoveram a iniciação do saber e a importância de empreender em favor de uma sociedade mais inclusiva. As atividades oferecidas envolveram cerca de 100 pessoas ligadas à Associação dos Deficientes Visuais de Uberlândia (Adeviudi) e profissionais de vários setores de Uberlândia (MG). Os participantes conheceram novas técnicas e dispositivos para facilitar o desenvolvimento de habilidades e potencialidades humanas no aprendizado do Braille por meio de aulas de iniciação e formação básica em Libras.

Visitas guiadas nos Museus de Uberlândia: Centro Cultural e MUnA

Na área cultural, as atividades envolveram exposições com temática relacionada à diversidade étnica indígena montadas em Uberlândia. Os alunos visitaram o Centro Cultural, ligado à Secretaria Municipal de Cultura, e tiveram uma visita guiada ao Museu Universitário de Arte (MUnA), vinculado à UFU. “Estou emocionado de ter tocado na peça; toquei no olho e nos dentinhos dela. Para mim, é como se eu tivesse a tela uivando. Eu estou até emocionado, é indescritível”, disse Dinarte Roque de Oliveira, cego há dois anos, se referindo à experiência de conhecer, entre outras peças, uma escultura de madeira em formato de uma onça - peça feita por indígenas da região.

Oficinas de Braile no Cintesp.Br/UFU

As atividades ainda envolveram cursos e oficinas, como a sensorial e tátil, para prática de leitura e para coordenação motora fina. Ao final, foram entregues certificados e um exemplar de jornal escrito em Braille produzido por alunos do quinto ano do Ensino Fundamental da Escola Municipal Leôncio do Carmo Chaves. A edição foi traduzida e impressa pelo Cintesp.Br/UFU. “A gente conseguiu avançar muito com a questão da tecnologia assistiva. Conseguimos desenvolver uma oficina maravilhosa com os alunos. Em breve, talvez até fevereiro, a gente consiga fazer a exposição dessa mostra - inclusive, com a criação de um método novo para acessibilidade, por meio de áudio descrição. Foi muito interessante, essa adesão da sociedade foi muito importante”, acrescentou Ana Sara Tomé, pesquisadora da área de educação do Centro.

Apresentações do equipamento de prescrição, treinamento, competição de arremessos

Na área do paradesporto, a atividade programada aconteceu em São Paulo (SP). Foram 3 dias de provas no Centro de Treinamento do Comitê Paralímpico Brasileiro. Leandro Garcia, que é treinador de paratletismo e pesquisador do Cintesp.Br/UFU, apresentou o equipamento desenvolvido e patenteado para avaliação, prescrição, treinamento e competição na modalidade paralímpica de arremessos.

Vista lateral do equipamento de prescrição, de treinamento e de arremessos fixo por sistema magnético em plataforma de aço sendo apresentado para técnicos do MMFDH e MCTI, em Uberlândia

O equipamento é fixado a uma plataforma de aço que repousa sobre o solo e, por meio de um potente ímã, prende o aparelho, eliminando as amarras comumente usadas. Ele permite que sejam experimentadas novas posições de arremesso, potencializando a performance de cada paratleta. Entre os atletas que subiram no equipamento está Beth Gomes, recordista mundial de arremesso de peso na classe F52. “Por fazer todos os ajustes que precisam ser feitos para cada atleta, sendo um equipamento universal para cada um com sua deficiência, vai dar muito certo”, comentou.

Outro que destacou as qualidades do equipamento foi o treinador Daniel Sena, da equipe de Campo Grande (MS). “Realmente, isso aqui chegou para revolucionar. Foi uma surpresa ver essa tecnologia; fiquei encantado; isso vai vir pra somar. O que mais me chamou a atenção foram as diversas possibilidades de ajustes, o que nos ajudará nas intervenções para o treinamento. Realmente, ela é surpreendente”, destacou.

A apresentação aconteceu durante o Meeting Paraolímpico Loterias Caixa de Atletismo, Halterofilismo e Natação, idealizado e criado pelo Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB). “Garanto a vocês que esse equipamento será o futuro do esporte paralímpico nas categorias de lançamentos e arremessos. Fiquei encantado com todo projeto; tenho certeza que nossos atletas já estão aprovando; quem sabe já vamos ter um equipamento desses, de primeira linha, nas próximas Paralimpíadas (em 2024) ou no Panamericano (no próximo ano)?”, destacou Yohansson Nascimento, vice-presidente do CPB.

 

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Palavras-chave: Cintesp.Br Esporte Paralímpico tecnologia assistiva

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