Publicado em 15/03/2023 às 15:34 - Atualizado em 22/08/2023 às 16:38
Os pesquisadores têm investido no ciclo completo para utilização de uma peça de metal produzida em 3D. (Foto: Divulgação/Femec)
Da plataforma à refinaria da Petrobras há peças que foram impressas em 3D no Laboratório de Processos de Soldagem (Laprosolda), da Faculdade de Engenharia Mecânica da Universidade Federal de Uberlândia (Femec/UFU). As pesquisas ainda aumentam a competitividade da indústria nacional, por meio da inovação, e fomentam a formação de alunos da graduação e da pós-graduação da UFU.
Na parte de exploração e produção do setor de extração de petróleo ou em equipamentos para processamento, refino, transporte, movimentação, armazenamento e manutenção da plataforma ou refinaria da Petrobras, há peças que foram impressas em 3D.
Desenvolver pesquisas em parceria foi o principal caminho encontrado pelos pesquisadores do Laprosolda para colocar o laboratório como referência no Brasil, quando o assunto é impressão de metal em 3D, tecnicamente definida como manufatura aditiva.
Nesta área, o laboratório tem como parceiros, dos projetos de pesquisas, a Petrobras e indústrias da metalurgia. De um lado, a petrolífera, quer produzir por meio de impressão em 3D as próprias peças, acelerando a manutenção e diminuindo custos com estoques. Do outro lado, a indústria metalúrgica quer desenvolver materiais para atender a nova demanda que será gerada pelo mercado.
Neste sentido, os pesquisadores têm investido no ciclo completo para utilização de uma peça de metal produzida em 3D. Não basta imprimir, é preciso conhecer, por exemplo, o material que está sendo usado para a impressão da peça, a melhor técnica para a impressão (printabilidade) e a qualidade do produto final dentro da finalidade de uso, a usabilidade.
Tecnologia
A tecnologia que está sendo desenvolvida pelo Laprosolda utiliza a técnica de deposição a arco elétrico, semelhante a um processo de solda convencional, sobrepondo camadas de material na geometria desejada. O Laprosolda também desenvolveu a metodologia, o equipamento e o software, aplicando a tecnologia para transformar o desenho em 3D em peça de metal.
O principal objetivo com os projetos é o fortalecimento da economia nacional, tornando a inovação tecnológica acessível para a sociedade. O exemplo onde pretende se chegar com a tecnologia de impressão 3D de peças de metal é a redução de estoques de peças e popularização da inovação, o que é definido como estoque digital do metal, em forma de arames onde o computador define o formato da peça e o equipamento faz a impressão.
No futuro, a tecnologia poderá atender desde a pequena oficina mecânica instalada em área residencial à indústria de produção em alta escala, se tornando parceira do dia a dia da população.
“Vamos imaginar como se fosse uma fotocopiadora, quando precisamos tirar xerox, vamos lá. Quando precisarmos de uma peça, vamos lá. Isso não é muito diferente da fabricação convencional. Então, o custo pode ser visto sob diferentes pontos de vista: se você precisar da xerox de um documento na hora, não importa se custa 0,10 ou 10,00, você irá fazer a xerox. No futuro, a impressão 3D entraria em nichos onde a fabricação comum não entraria, aí o custo seria acessível”, completa Louriel Vilarinho, pesquisador e coordenador do Laprosolda.
Política de uso: A reprodução de textos, fotografias e outros conteúdos publicados pela Diretoria de Comunicação Social da Universidade Federal de Uberlândia (Dirco/UFU) é livre; porém, solicitamos que seja(m) citado(s) o(s) autor(es) e o Portal Comunica UFU.
Palavras-chave: petrobrás Femec impressão 3D Metal Laprosolda
Política de Cookies e Política de Privacidade
REDES SOCIAIS