Estudantes da UFU ganham desafio de inovação na Semana de Engenharia Aeronáutica

Na última semana de agosto, entre os dias 27 e 29, estudantes do curso de Engenharia Aeronáutica da Universidade Federal de Uberlândia (UFU) ganharam o Embraer Hackasea, desafio de inovação promovido pela Embraer, integrado à Semana de Engenharia Aeronáutica (SEA). O evento aconteceu na Universidade de São Paulo (USP) de São Carlos. Neste ano, o tema da competição foi "Sistemas Mecânicos de Absorção de Impactos para Aeronaves", em que os participantes precisavam desenvolver um projeto tecnológico para diminuir os impactos de quedas nas aeronaves. 

A equipe Pegasus, formada pelos discentes Ikaro Inácio, Álvaro Cunha, João Pedro Viana, Henrique Boas e Pedro Seminotti, desenvolveu um sistema de segurança que é ativado em pousos catastróficos. Com o projeto, eles conquistaram uma premiação de R$ 1.500,00, e ficaram à frente de instituições paulistas renomadas.

A competição

A SEA, organizada por estudantes, é o maior fórum de discussões aeronáuticas do Brasil. Ela oferece minicursos, palestras, visitas técnicas e atividades interativas, com o objetivo de  estimular os participantes a desenvolverem soluções inovadoras para desafios reais da indústria aeroespacial, além de promover o desenvolvimento de habilidades técnicas e a aplicação prática do conhecimento acadêmico. 

Os futuros engenheiros da UFU, ao descobrirem o tema de 2025, resolveram procurar algo na natureza que embasasse o projeto. Eles encontraram o pássaro albatroz, que recebe um forte impacto na região do peito quando realiza seu pouso por conta um osso chamado quilha, o qual tem a estrutura específica para a absorção do impacto que se chama osso pneumático.

Para colocar em prática, os universitários de Uberlândia encontraram na engenharia, a espuma de alumínio, um material que consegue absorver energias de impacto muito altas. Então, eles usaram esse instrumento como base e desenvolveram um sistema de segurança que só seria ativado em caso de pousos catastróficos e que absorveria grande parte da energia de impacto por meio da deformação controlada do material. Deste modo, nomearam esse sistema de Sistemas de estágio-duplo Albatroz.

Da inscrição à vitória

De acordo com Íkaro Inácio, a ideia de montar a equipe Pegasus veio da ânsia de participar de uma competição de nível nacional. “Muitos colegas falavam que o desafio era muito difícil e que nós ainda não tínhamos uma certa ‘maturidade acadêmica’ para participar, mas mesmo assim decidimos competir”, explica o estudante. 

O integrante da Pegasus também relata que ficou muito contente com o resultado. “Foi realmente uma grande alegria. Nós não estávamos representando apenas a equipe, mas a nossa universidade perante a uma competição de alto nível”.

Em relação às expectativas futuras, o discente conta que o foco da equipe é contribuir com a indústria aeronáutica, especialmente com a segurança da aviação. “Nosso sonho é vermos a aplicação prática daquilo que desenvolvemos na teoria”, finaliza Inácio.                                                   

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