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Direitos Humanos

'Nós estamos fazendo aquilo que a sociedade requer de nós, que é cuidar de pessoas'

UFU celebra o lançamento do Centro de Extensão em Direitos Humanos 'Madáh'

Publicado em 05/05/2023 às 12:34 - Atualizado em 15/12/2023 às 15:48

Fotos: Milton Santos

“Eu estou muito feliz por estar aqui, na UFU, e com a casa que ofereceram pra mim”. Estas foram as palavras de agradecimento da homenageada do dia, Madalena Gordiano, vítima de trabalho escravo desde os oito anos de idade e resgatada em novembro de 2020, aos 46 anos, na cidade de Patos de Minas. Madáh, como é carinhosamente apelidada e chamada, nomeia o novo Centro de Extensão em Direitos Humanos da Universidade Federal de Uberlândia (UFU). “Obrigada por emprestar seu nome. Não só seu nome, mas agora você passa a fazer parte da estrutura da Universidade Federal de Uberlândia e ficará eternamente entre nós”, afirmou o pró-reitor da Pró-Reitoria de Extensão e Cultura (Proexc/UFU), Hélder Eterno da Silveira.

Na manhã desta quinta-feira, 4, a Clínica de Enfrentamento ao Trabalho Escravo da Faculdade de Direito (Cete/Fadir), em parceria com a Proexc e o Ministério Público do Trabalho de Minas Gerais (MPT/MG), lançou o centro, em evento realizado no auditório do Bloco 5S do Campus Santa Mônica da UFU. A solenidade contou com a presença de várias autoridades, além da homenageada, Madáh, e os estudantes que puderam participar do descerramento da placa de lançamento da Pedra Fundamental do Centro Madáh.

Participaram da mesa de abertura da solenidade o vice-reitor da UFU, Carlos Henrique Martins; o pró-reitor Hélder Silveira; a diretora da Fadir, Luciana Zacharias; a coordenadora do programa de extensão “Mais Humanos”, Márcia Leonora Santos Regis Orlandini; a procuradora do MPT, Lys Cardoso; o procurador do MPT, Thiago de Castro; a subprocuradora-geral do Trabalho, Ivana Mendonça; o chefe da Divisão de Fiscalização para Erradicação do Trabalho Escravo (Detrae), Mauricio Krepsky; a representante da Fundação de Apoio Universitário (FAU), Crisley Faria; a vereadora Liza Prado; e a homenageada, Madalena Gordiano.

Com o Centro Madáh, a UFU se torna a primeira instituição do país a contar com um centro de extensão em direitos humanos. O vice-reitor, Carlos Henrique Martins, declarou a satisfação da universidade em ser pioneira no assunto e reiterou a importância desta ação para ela e também para os uberlandenses. “É uma enorme satisfação ser pioneira nesse assunto, que é de extrema importância para a humanidade. Mas, ao final, nós estamos fazendo aquilo que a sociedade requer de nós, que é cuidar das pessoas, mas sobretudo cuidar das pessoas em estado de vulnerabilidade. [...] Evidentemente, ficamos muito felizes com essa inauguração que, além da visibilidade que esses programas e centros trazem para a UFU, é, eu repito, mais uma afirmação da nossa missão social. Faz parte da nossa tarefa fazer isso, cuidar das pessoas, sobretudo aquelas que estão em vulnerabilidade na nossa cidade, região e no nosso país, e dar exemplo ao mundo daquilo que deve ser feito, da proteção radical, da afirmação da nossa missão de cuidar dos direitos humanos”, sublinhou.

O prédio será construído bem próximo ao Campus Santa Mônica. A locação fica na Av. Francisco Vicente Ferreira, uma das ruas limítrofes ao campus, o que facilita, ainda mais, a cooperação dos estudantes com o projeto, que recebe outros graduandos para além do curso de Direito. A professora de Direito e coordenadora do “Mais Humanos” explicou a importância desse centro e o envolvimento dos estudantes com ele. “Esse centro de extensão vai ser um espaço aberto para desenvolver projetos relacionados à defesa dos direitos humanos. Será um observatório de direitos humanos, um espaço para capacitação, um espaço para que os professores e alunos possam desenvolver suas atividades. Então, esse local vai ser de extrema importância para o desenvolvimento das nossas atividades discentes e docentes”, concluiu Márcia Leonora Orlandini.

"Já nos foram repassados pelo Ministério do Trabalho recursos da ordem de R$ 1,2 milhão. Caso necessário, receberemos um valor adicional para a obra. Ela está sendo executada pela FAU e a inauguração está prevista para o início de 2024", informou o pró-reitor Hélder Silveira.

 

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