UFU marca presença em três pódios dos 'JUBs Seletivas'

Gibson Miguel e Abel Enrike. (Fotos: Arquivos pessoais)

Dois alunos da Universidade Federal de Uberlândia (UFU) foram medalhistas nos Jogos Universitários Brasileiros (JUBs), que ocorreram entre os dias 11 e 15 de junho, no Centro Internacional de Convenções do Brasil (CICB), em Brasília. Gibson Miguel, estudante de Fisioterapia, conquistou  bronze no atletismo paralímpico nas provas de 200 e 400 metros rasos. Já Abel Enrike, do curso de Educação Física, foi bronze no taekwondo.

A UFU enviou para a competição 22 atletas, sendo 10 na natação, nove no atletismo olímpico e um no paralímpico, além de mais dois no taekwondo. As despesas com hospedagem, alimentação e traslado ficaram a cargo da Confederação Brasileira do Desporto Universitário (CBDU), entidade organizadora do evento, e o transporte de ida e volta para a capital federal foram custeados pela universidade.

Na pista

Gibson Miguel exibe as medalhas que conquistou na capital federal

Medalhista em duas provas, Gibson pratica o atletismo desde 2020, mas começou a se dedicar de fato ao esporte no ano passado, com o retorno das aulas presenciais, correndo pela atlética de seu curso. Desde então, participou de sete competições, sendo medalhista de prata nos 400 metros rasos na edição de 2022 dos JUBs.

O paratleta treina regularmente pela equipe de atletismo paradesportivo da Associação de Paraplégicos de Uberlândia (Aparu) e começou a preparação para a disputa do campeonato em Brasília no mês de abril, após se recuperar de uma lesão. Gibson possui uma limitação de extensão no punho e cotovelo, o que dificulta a impulsão na corrida, além de algumas amputações na mão direita, que o prejudicam a permanecer na posição de início da corrida.

O estudante de Fisioterapia ressaltou a importância de ambas as conquistas nos JUBs e se disse admirado com a medalha nos 200 metros rasos. “Foi uma surpresa; essa não é a minha prova mais forte. Nem pensava tanto na possibilidade de conquistar uma medalha, mas, quando o bronze veio, a felicidade foi enorme. Em ambas as provas, eu consegui diminuir os meus tempos, o que me deixa mais confiante para as competições que virão”, comentou o paratleta.

Além disso, ele reconheceu o incentivo da UFU para os esportes e demonstrou orgulho em representar a universidade: “O simples fato de a UFU garantir o nosso transporte para Brasília foi vital para a participação de todos nós, atletas. Representar a universidade, para mim, é motivo de muito orgulho. Disputar um campeonato nacional, como os JUBs, coloca você no meio de alguns dos melhores atletas do Brasil; e isso se torna uma motivação para entregar o nosso melhor e retribuir essa oportunidade que a UFU nos dá.”

Após o bronze conquistado no mês passado, Gibson já tem em mente os próximos desafios: em agosto, disputa seu primeiro torneio profissional, representando a Aparu em Belo Horizonte, no Meeting Loterias Caixa de Atletismo Paradesportivo.

No tatame

Abel Enrike conseguiu vaga no pódio de sua primeira participação nos Jogos Universitários Brasileiros

Já Abel pratica o taekwondo há oito anos, tendo obtido a faixa preta da modalidade há cerca de um ano e meio. O atleta conta que seu primeiro contato com o esporte veio em um projeto social que não está mais em atividade. Após isso, passou a treinar com o professor que o instrui até os dias de hoje, fora da UFU.

A edição dos JUBs deste ano foi a primeira de que o estudante participou. Conquistar um lugar no pódio logo em sua estreia foi um desempenho que o deixou muito feliz, devido ao potencial dos adversários que teve em Brasília. “Estar no pódio foi inspirador, pois ali do meu lado estavam atletas de nível mundial. Saber que estava no mesmo pódio que eles é muita inspiração”, relatou.

O lutador também se declarou realizado por representar não somente a UFU, mas também a cidade de Uberlândia e o estado de Minas Gerais em uma competição de patamar tão elevado como aquela.

Os Jogos Universitários Brasileiros são realizados desde 1935 e em 1968 começaram a ocorrer de forma anual. Para o evento deste ano, eram esperadas 1,5 mil pessoas, dentre atletas, comissão técnica e organizadores. A competição foi nomeada “JUBs Seletivas”, pois valia vagas para o Universíade, evento mundial de esportes universitários, que ocorre na China, em agosto deste ano. O atletismo paralímpico, porém, não foi contemplado com vagas para a competição na Ásia.

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