Região Intermediária de Uberlândia registra aumento no valor de exportações no primeiro semestre de 2024, em novo Boletim de Comércio exterior do CEPES

O Centro de Estudos, Pesquisas e Projetos Econômico-sociais da Universidade Federal de Uberlândia (Cepes/UFU), divulgou na manhã desta quarta-feira (28), o Boletim de Comércio Exterior da Região Intermediária de Uberlândia, referente ao 1º Semestre de 2024. A publicação tem como objetivo ´apresentar semestralmente dados do comércio internacional da Região Intermediária de Uberlândia.

O periódico destaca o aumento de 4,01%, em dólares no valor das exportações na região (US$ 1,53 bilhão), em relação ao mesmo período do ano anterior, número que corresponde a 12,09% do PIB anual da região. A alta em relação às exportações tem ligação com a queda dos preços e a elevação da quantidade de produtos vendidos. Além disso, o boletim também aponta que as quantidades vendidas ao exterior foram 6,7%  superiores em comparação ao primeiro semestre de 2023, e registraram a maior marca da série histórica desde 1997.

Já as importações no semestre apresentaram queda de  24,96% em contraste ao primeiro semestre de 2023, valor que corresponde a 1,57% do PIB da Região. Além disso, foi constatado também uma baixa de 35,33% na quantidade importada.

Em relação aos produtos exportados pela Região Intermediária no semestre, embora a soja tenha concentrado 37,39% do valor total de vendas ao exterior, seu impacto no período foi menor, devido à queda em seu preço. Dentre os principais produtos que contribuíram para o aumento, estão o café, carne bovina congelada e o açúcar. Já no âmbito das importações, nota-se que o arroz e outros fertilizantes concentram 42,25% do valor total importado, os principais responsáveis pela redução detectada são carne bovina fresca, fertilizantes azotados, fertilizantes potássicos e outros fertilizantes.

Quanto ao principal destino das vendas da Região não houve mudança, e a China continuou como a maior compradora, com 56,52% das exportações totais, um valor de US$ 862,30 milhões. No entanto,  é possível notar que os Estados Unidos se destacam como principal condutor na elevação do valor total da vendas ao exterior, com um impacto de 4,01 pontos percentuais, dado que possui relação com os produtos adquiridos pelo país, o café e carne bovina congelada, dois dos três mais impactantes. 

Em análise, o Boletim destaca o fato das exportações da região terem tido bons resultados, especialmente em um momento em que a produção e venda de seus principais produtos (soja e carne bovina), encontram situações desfavoráveis. E acrescenta que mesmo com o aumento da quantidade vendida ao exterior, a região sofre com a dinâmica de baixa de preços.

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