Publicado em 19/09/2024 às 15:15 - Atualizado em 02/10/2024 às 10:05
Acontece, nesta terça-feira, 24 de setembro, o cinedebate sobre o filme "Branco Sai, Preto Fica", promovido em parceria pelo Centro Acadêmico de Jornalismo (Cajor) e pelo Grupo de Pesquisa em Narrativa, Cultura e Temporalidade (Narra), ambos da Universidade Federal de Uberlândia (UFU). O longa será exibido às 19h, no auditório 5O-B do Campus Santa Mônica, seguido de uma roda de conversa sobre as questões sociais e a linguagem cinematográfica envolvidas na obra.
A exibição é uma ação de divulgação científica da pesquisa "Hipo-utopia e contra-cinema: as catástrofes na linguagem cinematográfica de Adirley Queirós", desenvolvida pelo estudante de Jornalismo Ulisses Naves Fernandes, sob orientação do professor do curso de Jornalismo da UFU Nuno Manna, coordenador do Narra.
Resultado de um projeto de Iniciação Científica (IC) vinculado ao Narra, a pesquisa surge como uma reflexão a respeito das "catástrofes cotidianas", termo usado para se referir a acontecimentos que desestabilizam de diferentes maneiras noções que norteiam a percepção de realidade. "Uma catástrofe faz as pessoas procurarem se entender em algum lugar. O que aconteceu? Como que eu vou viver com isso? O que era isso que eu acreditava? Elas estão associadas a algo que, de alguma maneira, quebra a forma como a gente lida com a realidade", explica Fernandes.
Direcionando essas inquietações ao campo do cinema, a pesquisa se inclinou para o estudo da dramaturgia, focando no documentário “Mato Seco em Chamas”, do cineasta brasileiro Adirley Queirós, além de outras duas obras do mesmo diretor: "Branco Sai, Preto Fica" e "A Cidade é uma Só?”.
O pesquisador notou que, em todos os filmes citados, o diretor aborda alguma problemática social relacionada à Favela do Sol Nascente, em Ceilândia, cidade de origem do cineasta. Assim, buscou compreender de que forma ele elabora uma linguagem cinematográfica que lida com as catástrofes cotidianas. Para Fernandes, Queirós faz um documentário de modo singular, misturando elementos de ficção científica, e era de interesse pessoal do discente discutir sobre esse repertório.
O cinedebate promove a pesquisa para além dos seminários e trabalhos acadêmicos apresentados dentro e fora da UFU e se torna uma oportunidade de socialização dos conhecimentos. "A importância do debate é a divulgação científica, além de trazer visibilidade para esse cinema que, às vezes, é meio descartado por ser cinema nacional, por ter algumas produções que, infelizmente, hoje em dia são marginalizadas", finaliza o estudante de Jornalismo.
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Palavras-chave: iniciação científica cinedebate Cinema nacional Jornalismo
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