Publicado em 28/11/2024 às 12:13 - Atualizado em 28/11/2024 às 17:31
A Universidade Federal de Uberlândia (UFU) teve papel importante no G20 Social, realizado entre os dias 14 e 16 de novembro de 2024, no Rio de Janeiro, ao contribuir ativamente para os debates sobre trabalho escravo e tráfico de pessoas. Representada pela Clínica de Enfrentamento ao Trabalho Escravo (Cete), a instituição trouxe uma relevante perspectiva acadêmica e social ao evento, que antecedeu a reunião de líderes do G20. A professora Marcia Leonora Santos Regis Orlandini, da Faculdade de Direito (Fadir/UFU), liderou as atividades da Cete, reforçando o compromisso da universidade em promover discussões essenciais para a justiça social e os direitos humanos.
A participação da Cete-UFU no G20 Social ocorreu por meio de três palestras em atividades autogestionadas. “A UFU, por meio dos seus projetos de ensino, pesquisa e extensão, participou do G20 Social, apresentando argumentos e influenciando nos debates sobre trabalho escravo contemporâneo, tráfico de pessoas, ‘uberização’ do trabalho doméstico e ecocídio”, destacou Orlandini.
Importância do G20 Social
O G20 Social, que reuniu cerca de 50 mil participantes de diversos países, é um espaço fundamental para discutir soluções para problemas globais. Ao longo do evento, foram realizadas 271 atividades autogestionadas, que abordaram cerca de 300 temas, culminando em um relatório final apresentado aos líderes do G20, incluindo estratégias de combate ao trabalho escravo e ao tráfico humano.
A relevância do G20 Social está justamente em promover uma agenda de discussão antes da reunião dos líderes das maiores economias do mundo, trazendo à tona questões sociais urgentes, como o combate ao trabalho análogo ao escravo.
Segundo estimativas apresentadas durante o evento, mais de 1,4 milhão de pessoas são vítimas de escravidão moderna nos países de língua portuguesa, reforçando a necessidade de vontade política e recursos para combater essa realidade.
UFU no enfrentamento ao trabalho escravo
A Cete-UFU é um projeto de pesquisa e extensão da Universidade Federal de Uberlândia, desenvolvido no âmbito do Escritório de Assessoria Jurídica Popular (Esajup). Conta com a participação voluntária de advogados, graduandos e mestrandos em Direito e Psicologia, atuando na conscientização, prevenção e combate ao trabalho análogo ao escravo, promovendo o trabalho decente conforme as diretrizes da Organização Internacional do Trabalho (OIT).
Entre suas principais atividades, a clínica oferece assessoramento jurídico e social às vítimas, produz conteúdos informativos e educacionais sobre a temática e organiza capacitações, formações continuadas e eventos sobre direitos humanos e direitos do trabalho.
A iniciativa também é ativa no desenvolvimento do projeto "Cete na Escola", cujo objetivo é levar às escolas debates sobre o trabalho escravo e contribuir para a formação crítica em direitos humanos
Eixos de atuação da Cete
A Clínica de Enfrentamento ao Trabalho Escravo foca seus estudos e atuações em eixos como trabalho rural e doméstico, trabalho infantil, refugiados e migrantes, tráfico de pessoas, além de temas contemporâneos como a “uberização do trabalho” e o racismo estrutural.
A população pode solicitar atendimento ou apoio junto à Cete por meio de seu site oficial ou ainda via rede social (Instagram).
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Palavras-chave: CETE G20 Trabalho Escravo evento internacional
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