Exportações da região de Uberlândia caem 5,4% e somam US$ 1,46 bilhão no 1º semestre de 2025

O Centro de Estudos, Pesquisas e Projetos Econômico-Sociais da Universidade Federal de Uberlândia (Cepes/UFU), divulgou o Boletim de Comércio Exterior da Região Intermediária de Uberlândia (RGInt), referente ao primeiro semestre de 2025. A publicação apresenta, semestralmente, os dados sobre o comércio internacional das Regiões Geográficas Intermediárias de Uberlândia, Uberaba e Patos de Minas.

Desempenho geral das exportações

O valor exportado pela região totalizou US$ 1,46 bilhão (R$ 8,38 bilhões) no período, valor 5,41% menor do que o registrado no mesmo semestre de 2024. O montante representa 13% do Produto Interno Bruto (PIB) anual da região.

Foram embarcadas 2,07 milhões de toneladas, com queda de 7,48%. A redução do valor exportado foi causada principalmente pela redução no volume (-16,07%), já que os preços médios tiveram um leve aumento (+0,63%). O resultado acompanha a tendência nacional: no mesmo período, o Brasil também registrou queda de 2,55% em valor e de 4,09% em quantidade exportada.

Principais municípios exportadores

Entre os 24 municípios da região, Uberlândia liderou as exportações, com receita de US$ 505,73 milhões, seguida de Araguari, com US$ 461,84 milhões. Juntos, concentraram cerca de 63,42% das vendas externas do semestre.

As maiores quedas foram registradas em Araguari (-20,14%) e Uberlândia (-15,66%). As maiores altas de vendas foram nas cidades de Indianópolis (+35,68%) e Ituiutaba (+15,30%). Apesar do crescimento expressivo, os dois municípios ainda representam pequena fatia do total exportado.

Produtos em destaque

Foram exportados um total de 225 produtos, sendo a soja o principal item, com 34,93% (US$ 510,84 milhões) do valor total exportado.

Os produtos que mais puxaram a queda foram:

• Soja (-13,47%);
• Farelo de soja (-65,54%).

Em contrapartida, apresentaram crescimento:

• Pasta química de madeira (+35,68%), favorecida pelo aumento do volume vendido (+25,67%);

Carne bovina congelada (+13,52%), impulsionada pela alta nos preços (+14,76%).

Dinâmica internacional

A região negociou com 108 países no período. A China manteve-se como principal compradora, com US$ 865,45 milhões (59,18% das exportações totais), apesar da queda de 1,94% nas importações, sobretudo pela redução nas compras de soja (-14,73%).

Também houve recuo nas vendas para a Alemanha (-35,49%), enquanto os Estados Unidos foram os principais responsáveis pelo crescimento, com aumento de 57,09%, especialmente pela compra de carne bovina congelada (+54,11%).

O boletim também estimou a pegada hídrica: quantidade de água utilizada na produção dos bens exportados. No semestre, foi gasto o total de 1,53 bilhão de m³ de água, sendo os principais responsáveis a soja (74,48%), o açúcar (17,02%) e o café (7,58%).

Mais informações

O levantamento do Cepes/UFU é referência para empresários e gestores públicos, ao monitorar tendências de preços, mercados e impacto ambiental das exportações da região. O conteúdo completo, incluindo dados de importações e outras edições do boletim podem ser acessados no portal do Cepes/UFU.

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