Exportações na Região Intermediária de Uberlândia subiram cerca de 55% em 2022

O Centro de Estudos, Pesquisas e Projetos Econômico-sociais (Cepes), vinculado ao Instituto de Economia e Relações Internacionais da Universidade Federal de Uberlândia (IERI/UFU), disponibilizou, nesta segunda-feira (13/02), o Boletim de Comércio Exterior da Região Intermediária de Uberlândia (RGInt) de dezembro de 2022.

O boletim tem como objetivo divulgar, semestralmente, os dados do comércio internacional da região. Foi constatado que, de julho a dezembro do ano passado, as exportações dos 24 municípios que compõem a RGInt somaram US$ 1,40 bilhão, sendo 54,72% superiores às exportações realizadas no mesmo período de 2021. Levando em conta o volume comercializado para o exterior, o 1,52 milhão de tonelada do segundo semestre de 2022 foi 41,47% superior ao que foi registrado na segunda metade do ano anterior - sendo, também, o maior valor da série histórica desde 1997.

Para o total das exportações no ano de 2022, a receita foi de US$ 2,94 bilhões, sendo 54,23% maior do que em 2021 e, também, superior aos resultados de todos os anos (desde 1997), assim como em quantidade, em que o volume das exportações foi 26,50% superior a 2021, totalizando 3,39 milhões de toneladas. Desse modo, pelos índices de preço, quantidade e valor anuais calculados para a RGInt, nota-se que, em 2022, o aumento do valor exportado se deu, primeiro, pelo aumento do volume negociado (23,54%), mas, também, pela elevação dos preços (17,98%).

Dentre todas as cidades que compõem a região, 11 exportaram no segundo semestre de 2022. Dessas, Araguari, Uberlândia e Ituiutaba, nesta ordem, foram as maiores exportadoras, concentrando 80,79% do valor total no período. Para o ano de 2022, Uberlândia foi o município que mais impactou no aumento das exportações da região (impacto de 19,30 ponto percentual). Em sentido contrário, Monte Carmelo chamou a atenção pela redução do seu valor exportado em 2022, em relação a 221: -90,03%.

A carne bovina congelada e a soja congregaram grande parte das exportações em 2022 (66,28%) e, também, foram os produtos que mais impulsionaram as exportações da RGInt - impactos de 18,49 p.p. e 21,57 p.p., respectivamente, sobre o total vendido -, apresentando os maiores números das suas respectivas séries, em valor e em quantidade. A China concentrou 64,10% do valor negociado e foi o país responsável pelo maior impacto sobre o crescimento das exportações totais (46,59 p.p.).

Importações

As importações da Região Intermediária de Uberlândia, de julho a dezembro de 2022, somaram US$ 486,73 milhões, maior valor de toda a série histórica (desde 1997), com taxa de crescimento de 53,31%, em relação ao mesmo período de 2021. Para o volume importado, na quantidade de 453,65 mil toneladas (aumento de 7,80%), é verificado que esse também superou todos os anos estudados.

Observa-se os valores importados por município, em que, dos 24 municípios da região, oito importaram no segundo semestre de 2022. Araguari e Uberlândia concentraram quase a totalidade das importações da RGInt em valor (83,42%). No entanto, o aumento das importações da região foi efetivado pela elevação de Araguari (impacto de 14,55 p.p.), de Indianópolis (impacto de 17,83 p.p.) e Uberlândia (impacto de 11,67 p.p.).

Para o ano, os municípios de Araguari (32,15 p.p.), Indianópolis (6,27 p.p) e Uberlândia (5,45 p.p.) foram os principais vetores de expansão das importações sobre a taxa de variação total (43,55%). Destaque para os dados de Indianópolis, que praticamente importou apenas nos anos 2021 e 2022, e apresentou a maior estatística (83,76%) para importações em relação ao PIB em 2022.

No Portal do Cepes, estão disponíveis atualmente os dados de 13 boletins de comércio exterior das Regiões Intermediárias de Uberlândia, Uberaba e Patos de Minas, produzidos desde 2019. Confira em: http://www.ieri.ufu.br/cepes/publicacoes/boletins/comercio-exterior.

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