Pular para o conteúdo principal
Emprego

Vacinação e mudança do Caged provocam aumento dos empregos formais em Uberlândia

Estudo do Cepes aponta que saldo positivo do segundo quadrimestre deste ano coincide com aumento do número de vacinados, mas também considera subnotificação do eSocial

Publicado em 10/12/2021 às 12:42 - Atualizado em 22/08/2023 às 20:25

O Boletim do Emprego de Uberlândia, desenvolvido pelo Centro de Estudos, Pesquisas e Projetos Econômico-Sociais (Cepes) do Instituto de Economia e Relações Internacionais da Universidade Federal de Uberlândia (IERI/UFU), apresentou o crescimento do emprego formal no município mineiro, durante o período de maio a agosto de 2021. Nesse segundo quadrimestre analisado, a cidade gerou quase 4 mil novos postos de trabalho (líquidos de demissões), o que representa um saldo superior ao verificado no mesmo período de 2020.

Segundo a pesquisa, o avanço do ritmo de vacinação, a partir do mês de junho e, consequentemente, a mudança das restrições contra o coronavírus e a maior movimentação do comércio tiveram importância para a permanência do saldo positivo de empregos formais. Embora esse número tenha apresentado queda em julho, ele voltou a crescer, ainda que tenha sido menos que em junho.

Fonte: Novo Caged/SEPRT. (Arte: Cepes/IERI/UFU)

Por mais que, entre maio e junho, o aumento do número de empregos formais tenha sido de 92%, do sexto ao sétimo mês, houve uma redução de 29% da criação de vagas. Entretanto, o caminho de queda se reverteu e atingiu um novo crescimento, de 18%, do mês de julho ao de agosto.

Outro fator observado pelo boletim como motivador do saldo de gerações de emprego foram as subnotificações de demissões, provocadas pela mudança metodológica do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) para o eSocial. Por isso, declarações referentes aos afastamentos fora do prazo ainda devem chegar no sistema e, com isso, sofrer revisão e reduzir o saldo positivo de empregos. 

O Ministério do Trabalho e Previdência, após uma segunda verificação, afirmou que, em 2020, o número de novos postos de trabalho criados foi quase metade do que havia sido divulgado. No mês de setembro deste ano, por exemplo, dados conferidos de vagas de emprego apontaram apenas 75.883, o que representa uma queda de aproximadamente 47% dos 142.690 postos anunciados em janeiro de 2021.

Dados comparativos dos empregos formais entre os anos de 2020 e 2021 de Uberlândia, Minas Gerais e do Brasil. (Fonte: Novo Caged/SEPRT)

Em Minas Gerais, a movimentação dos novos postos de trabalho acompanha os números positivos de Uberlândia. Enquanto o município apresentou crescimento quatro vezes maior em 2021, quando comparado ao segundo quadrimestre do ano passado, o estado mineiro demonstrou resultado superior em 16 vezes e o Brasil saiu de um cenário de perda de quase 30 mil empregos para criação de mais de 1,2 milhão, segundo análise entre os mesmos períodos anuais de Uberlândia.

Dentre as atividades que contribuíram no saldo positivo da cidade, o setor de serviços e o comércio se destacaram como os que mais geraram novas vagas ao longo do acumulado do quadrimestre, com 1.620 e 1.525 postos, respectivamente. Por outro lado, a agropecuária foi o único agrupamento econômico que registrou saldo negativo líquido, ou seja, número de demissões superior ao de admissões, pois acabou com mais de 400 empregos, interrompendo o ritmo de geração de vagas no último quadrimestre de 2020 e no primeiro de 2021.

Para conferir a íntegra do boletim, clique na imagem abaixo.

 

Política de uso: A reprodução de textos, fotografias e outros conteúdos publicados pela Diretoria de Comunicação Social da Universidade Federal de Uberlândia (Dirco/UFU) é livre; porém, solicitamos que seja(m) citado(s) o(s) autor(es) e o Portal Comunica UFU.

Palavras-chave: CEPES boletim de emprego Uberlândia pesquisa IERI

A11y