Publicado em 14/12/2021 às 09:02 - Atualizado em 22/08/2023 às 20:25
O Centro de Pesquisas Econômico-Sociais da Universidade Federal de Uberlândia (Cepes/UFU), vinculado ao Instituto de Economia e Relações Internacionais (IERI/UFU), publicou o Boletim de Dados Populacionais com as estimativas de 2021 para os maiores municípios brasileiros, as Regiões Geográficas Intermediárias e as Unidades da Federação.
Para conseguir realizar tal pesquisa, o Cepes analisa a dinâmica populacional observada no âmbito das Regiões Geográficas Intermediárias (RGI), regiões intraestaduais adotadas com a nova regionalização brasileira, e das Unidades da Federação e as grandes regiões brasileiras que integram, baseando-se nos anos de 2000 e 2010 e nas estimativas populacionais municipais, calculadas em 2021.
O boletim integra o conjunto de trabalhos acadêmicos realizados no âmbito do Programa Voluntário de Iniciação Científica, no ano de 2021 (ICV-Cepes 2021), executado na linha de pesquisa Demografia, intitulado Pesquisa e Análise/Avaliação Demográfica para o município polo de Uberlândia, Região Geográfica Intermediária de Uberlândia e demais municípios brasileiros.
População residente e o crescimento anual nas regiões brasileiras
De acordo o novo boletim do Cepes, as informações demográficas nas grandes regiões brasileiras demonstram que a população residente e a taxa de crescimento (TC) anual apresentaram quedas, se comparadas aos dados censitários apresentados de 2000 a 2010.
Regiões brasileiras foram analisadas no novo boletim divulgado pelo Cepes. (Arte: Divulgação/Cepes)
Os números continuam crescendo, mas em ritmo menos acelerado. Essa redução no processo de crescimento demográfico, evidenciada a partir de taxa de crescimento anual decrescente, pode ser resultado de alguns fatores conhecidos, como a queda na fecundidade, a inserção da mulher no mercado de trabalho, o aumento do custo de vida nas cidades, ou ainda o acesso dos indivíduos a métodos contraceptivos.
De acordo com a tabela, é possível notar que a única região que apresentou um crescimento maior do que o período de 2000 a 2010 foi o Sul do país, com diferença de 0,09 pontos percentuais (p.p.), mas ainda abaixo da média de crescimento populacional brasileira.
População residente e o crescimento anual em Minas Gerais
O estado de Minas Gerais também apresentou um crescimento menor em relação aos resultados divulgados no período de 2000 a 2010, tendo uma queda na TC de 0,10 p.p..
Estados analisadas de acordo a população residente e o crescimento anual. (Arte: Divulgação/Cepes)
As estimativas populacionais para o ano de 2021, quando comparadas com os dados censitários analisados, evidenciam que os sete estados mais populosos do Brasil estão distribuídos nas regiões Sudeste (São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro), Nordeste (Bahia e Pernambuco) e Sul (Paraná e Rio Grande do Sul). Apesar disso, as estimativas mostram que as maiores TC ocorreram nas regiões Norte e Centro-Oeste, sendo, respectivamente em: Roraima (3,46% a.a.), Amapá (2,51% a.a.), Acre (1,96% a.a.), Amazonas (1,88% a.a.), Distrito Federal (1,71% a.a.), Goiás (1,69% a.a.) e Mato Grosso (1,49% a,a.).
População residente e o crescimento anual em Uberlândia e região
Em relação à população residente e a taxa de crescimento anual das 50 Regiões Gráficas Intermediárias (RGI) mais populosas do país, a RGI Uberlândia se encontra no ranking das 51 RGI mais populosas, sendo a oitava RGI mais populosa do estado de Minas Gerais e quinquagésima primeira na lista geral.
Regiões geográficas Intermediárias em relação à população e a taxa de crescimento anual. (Arte: Divulgação/Cepes)
A RGI Uberlândia vem tendo um crescimento bastante significativo e importante para a manutenção e expansão demográfica, ainda que em ritmo lento. Esta RGI concentrou em 2021 o total estimado de 1.190.985 habitantes, volume resultante do aumento absoluto de residentes nas últimas décadas. Ainda assim, é possível perceber que, apesar de relevantes e estarem acima da média nacional e da observada para o estado de Minas Gerais, as taxas de crescimento da RGI uberlandense atualmente mostram-se decrescentes em comparação ao período 2000/2010.
Entre os dez maiores municípios mineiros, nota-se a presença dos localizados ao entorno de Belo Horizonte e daqueles mais distantes, que atuam como capitais regionais. Dentre os situados no entorno da capital estadual, verificam-se grandes contingentes populacionais em Contagem (terceira posição), Betim (quinta posição) e Ribeirão das Neves (sétima posição). Já entre os mais distantes, destacam-se: à oeste, os municípios de Uberlândia (segunda posição) e Uberaba (oitava).
Cidades mineiras mais populosas, de acordo com a análise do boletim anual divulgado pelo Cepes. (Arte: Divulgação/Cepes)
É importante destacar que todos os estados brasileiros demonstraram ganhos populacionais absolutos durante as últimas décadas. No entanto, no período recente, apontam para ritmos de crescimento demográfico cada vez menores. O boletim completo já está disponível para acesso integral - clique na imagem abaixo.
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Palavras-chave: CEPES IERI Censo Demográfico Crescimento populacional Triângulo Mineiro e Região Dados populacionais
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