Publicado em 13/11/2025 às 17:50 - Atualizado em 17/11/2025 às 17:03
A última edição da performance “Artistas sem Trabalho Normal” acontece no hall interno da Biblioteca do Campus Santa Mônica, de 12 a 14 de novembro. Durante esses três dias o público pode acompanhar as relações entre trabalho e arte. A performance tem a intenção de evidenciar os processos do mercado de trabalho convencional, sendo dividida em três etapas, uma para cada dia. No primeiro dia, 12, os artistas pré-selecionados participam de um Processo Seletivo, o qual escutam e decidem se aceitam as condições de trabalho. No segundo dia, 13, ocorre o Treinamento dos dez artistas que foram admitidos. Já no terceiro e último dia, 14, os artistas passam pela Efetivação e cumprem uma carga horária de trabalho de oito horas.
Horários
O público pode chegar em qualquer horário e permanecer no local pelo tempo que desejar, durante a performance. Sendo essa, a terceira e última performance do ano de 2025.
Para a idealizadora, Cláudia Müller, o projeto tem o objetivo de gerar uma reflexão sobre o trabalho dos artistas e a valorização do mesmo. “A principal questão é trazer para visibilidade o trabalho do artista, que muitas vezes as pessoas só pegam uma espécie de produto final e parece que a gente do nada cria um espetáculo. A maior parte dos artistas estão trabalhando sempre, mas não estão recebendo ou não estão recebendo adequadamente. Eu achei que era muito importante fazer uma associação, é um trabalho com qualquer outro e como qualquer outro, precisa ser respeitado e remunerado”, comenta a idealizadora.
Sara Bragança, estudante do curso de Dança da UFU, é uma das participantes do projeto, para ela a arte é uma forma de reflexão. “Eu acredito que a performance impacta tanto para quem é artista quanto para quem está em outros meios de trabalho. Eu sinto que ela vai me fazer refletir e resistir nessa posição que tenho ocupado por muitos anos, deve fazer mais de 10 anos”, destaca a discente.
A performance conta também com audiodescrição, o que traz acessibilidade comunicacional traduzindo os elementos visuais em palavras faladas, para pessoas com deficiência visual. “A pessoa chega, procura a gente, recebe o equipamento e a gente está o tempo inteiro aqui fazendo a narração. A gente acompanhou algumas apresentações anteriores para poder escrever um roteiro e estamos aqui fazendo as descrições de todos os movimentos que vão acontecer na performance”, explica a audiodescritora Mylena Rodrigues.
A performance “Artistas sem Trabalho Normal” é incentivada pelo Programa Municipal de Incentivo à Cultura de Uberlândia (PMIC), da Prefeitura Municipal de Uberlândia, e a Política Nacional Aldir Blanc de Fomento à Cultura (PNAB). Nesta edição, o trabalho conta com o apoio da UFU e o Sistema de Bibliotecas da UFU (Sisbi/UFU).
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Palavras-chave: cultura trabalho arte UFU
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