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divulgação científica

Segunda edição do ‘Pequenos Cientistas’ apresenta a Ciência em Animais de Laboratório para crianças

Projeto é uma iniciativa do Laboratório de Biotecnologia em Modelos Experimentais da UFU

Publicado em 08/12/2025 às 11:11 - Atualizado em 08/12/2025 às 11:19

Crianças viram no microscópio alguns insetos estudados pelos pesquisadores, como piolhos (Foto: Túlio Daniel)

No último sábado (6), um grupo de crianças visitou o Laboratório de Biotecnologia em Modelos Experimentais da Universidade Federal de Uberlândia (Labme/UFU), na segunda edição do projeto Pequenos Cientistas. A iniciativa foi criada pelos próprios pesquisadores e busca apresentar a Ciência em Animais de Laboratório, dando continuidade ao encontro realizado em 2024.

O diferencial dessa edição foi a presença dos pais, além de novas atividades desenvolvidas. Para contextualizar as crianças ao universo, inicialmente foi montado um teatro de fantoches, onde a importância do uso de animais em pesquisa foi debatida de forma lúdica, desmistificando algumas ideias sobre a temática já trazidas pelo grupo.

“Com os fantoches, apresentamos temáticas importantes da área, como refinamento e bem-estar animal. Depois dessa interação, tiramos dúvidas das crianças, sempre adaptando a linguagem para uma fácil compreensão e trazendo referência da própria realidade delas”, explica Lara Campitelli, aluna de mestrado em Medicina Veterinária na UFU e integrante do laboratório.

Fantoches
Teatro adaptou linguagem científica para as crianças (Foto: Túlio Daniel)

Outras atividades também foram desenvolvidas, como o “Caminho da Pesquisa”, que mostrava etapas científicas importantes e também a montagem de casas de camundongos, que se tornou uma lembrança do encontro para que as crianças pudessem levar para a casa.

“Quisemos trazer toda a experiência de ser um pesquisador. Então, fizemos como se fosse um evento científico, elas ganharam crachás e certificados, e fizemos todo um credenciamento. Tivemos ainda diversas dinâmicas, como o uso de microscópios e trilhas para conhecerem mais sobre ciência”, completa Milene Ferreira, aluna de graduação em Medicina Veterinária na UFU e também integrante do laboratório.

Criança com certificado
Certificados foram entregues ao final do encontro, reforçando a dedicação das crianças na atividade (Foto: Túlio Daniel)

O grupo também fez uma visita guiada dentro da estrutura do laboratório para conhecer os equipamentos e os animais utilizados nas pesquisas. Responsável pela criação de um banco de embriões de camundongos, a pós-doutoranda Flávia Batista destaca o desafio de traduzir a linguagem acadêmica, comum entre os pares, para a sociedade e, especialmente, para o público infantil. Segundo ela, foi necessário adaptar a explicação para justificar de forma didática as normas de biossegurança, como a proibição do contato físico com os animais, ao mesmo tempo em que reforçava a importância dos estudos realizados ali.

Crianças no laboratório
Visitantes puderam ver de perto os animais criados no laboratório (Foto: Túlio Daniel)

“O objetivo principal desse projeto é apresentar para a comunidade a importância da pesquisa, da ciência e que Uberlândia faz ciência com qualidade. Portanto, os pais que estão aqui já têm um entendimento e conseguem abraçar a universidade. E claro, apresentar para as crianças, que são o futuro da ciência, um pouco da área e a importância dela para a sociedade”, completa Murilo Vieira, coordenador do laboratório.

Ele destaca ainda como a divulgação científica é uma pauta importante e que a universidade não pode deixar de mostrar o que produz. Segundo ele, essa comunicação se torna vital, especificamente no campo de trabalho da equipe, visando esclarecer uma área que sempre foi alvo de preocupações e polêmicas por parte da sociedade: “nós temos também o objetivo de mostrar que a UFU é referência no uso de animais em pesquisa. Ela tem se despontado nos últimos 10 anos como pioneira na estruturação de seus biotérios, com apoio institucional da gestão superior”.

Crianças interagindo na atividade
Brincadeiras estimularam o entendimento sobre temáticas complexas (Foto: Túlio Daniel)

A iniciativa busca justamente desconstruir mitos, evidenciando o alto investimento institucional no bem-estar animal e o rigoroso cumprimento de protocolos internacionais. Essa estrutura de ponta, essencial para o desenvolvimento científico, teve financiamento inicial da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (Fapemig) e conta com o apoio da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) e da Sociedade Brasileira de Ciência em Animais de Laboratório (SBCAL).

Mais do que uma visita, o projeto almeja um impacto a longo prazo: formar cidadãos que compreendam o uso ético de modelos experimentais, combatendo a desinformação com conhecimento. 

Veja abaixo mais fotos do evento:

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