Publicado em 17/11/2022 às 12:35 - Atualizado em 22/10/2024 às 10:07
Uma produção da Divisão de Divulgação Científica da Universidade Federal de Uberlândia (UFU), para falar sobre cotidiano e ciência - um único assunto. Produzido com apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (Fapemig).
E se a crise não for do planeta, mas sim da humanidade? E se o que estiver de fato em jogo for a nossa permanência enquanto espécie na Terra? O que, de prático, podemos fazer para sobreviver a nós mesmos?
Convidados: Roberto Terumi Atarassi, engenheiro agrônomo e doutor em Irrigação e Drenagem; e Vinícius de Lima Dantas, biólogo e pós-doutor em Ecologia e Recursos Naturais (ambos docentes UFU)
Arte: Viviane Aiko
Produção, roteiro entrevista, apresentação, captação, edição de áudio, montagem e finalização: Josielle Ingrid
Coordenação: Diélen Borges
Manda áudio! (34) 9966-2021, sua voz pode chegar ao pé dos nossos ouvidos nos próximos episódios!
O podcast “Ciência ao Pé do Ouvido” é produzido pela Divisão de Divulgação Científica, da Diretoria de Comunicação Social (Dirco) da Universidade Federal de Uberlândia (UFU).
Qual o retrato do planeta hoje? Neste exato momento, em que direção estamos indo e, se quisermos chegar a um destino diferente, o que precisamos fazer? O que está ao nosso alcance?
Convidada: Camila Bertoletti Carpenedo, doutora em Ciências com ênfase em Meteorologia, professora da UFPR
Com base em quais dados - e como eles são apurados - cientistas insistem em defender que as mudanças climáticas que temos observado são resultado do modo como temos explorado o planeta? Se os gases de efeito estufa são essenciais pra que a vida seja possível no planeta Terra, por que precisamos reduzir suas emissões? Oceano aquecido, derretimento da porção congelada do planeta e o nível do mar aumentando todos os anos. Nesse episódio a gente te conta como esses fatores podem impactar diretamente a sua vida.
Convidada: Camila Bertoletti Carpenedo, doutora em Ciências com ênfase em Meteorologia, atualmente professora de Ciências Agrárias da (UFPR)
Texto da Fiocruz sobre sistemas caóticos: http://www.invivo.fiocruz.br/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?infoid=1027&sid=9
Não importa em qual continente. Os frequentes recordes nas temperaturas têm feito o ano de 2021 parecer atípico quando o assunto é tempo. Afinal, o que significa - na prática - a Terra aquecer ou esfriar apenas um grau Celsius? O que, de tudo isso, é realmente fruto da ação humana?
Convidado: Paulo Cezar Mendes, doutor em Geografia e professor de Climatologia (UFU)
Para participar ou acompanhar + de perto a pesquisa, entre em contato:
Prof. Paulo Cezar - paulo.mendes@ufu.br
Prof. Rildo Costa - rildocosta@ufu.br
Prof. Rafael de Avila - rafael.avila.roodrigues@gmail.com
No último episódio da série, vamos discutir o papel dos familiares na formação e manutenção da saúde mental de uma pessoa. Proteger-se: https://conferenciaweb.rnp.br/webconf/Atende
Convidada: Gabriela Scalia, psiquiatra e terapeuta familiar
DESCRIÇÃO:
> 01min41s | Bate-papo com Gabriela Scalia
> 31min58s | Quadro: Rede de Divulgadores da Ciência da UFU
> 35min46s | Encerramento
Produção, roteiro e entrevistas: Laura Justino e Túlio Daniel
Captação e edição de áudio, montagem e finalização: Márcio Gamma
Apresentação e edição: Josielle Ingrid
Supervisão: Vitor Hugo, Diélen Borges e Josielle Ingrid
Produtividade é a lei do momento, mas não fomos ensinados a lidar com as consequências: pressão psicológica e desgaste mental. Além disso, muito pelos desdobramentos da covid-19, como cuidar do eu interno diante das crises do mundo externo?
Convidado: Leonardo Abrahão, psicólogo, formado em Direito e professor de Sociologia; criador da campanha Janeiro Branco
Site da campanha Janeiro Branco: https://janeirobranco.com.br
Site do professor Leonardo: https://leonardoabrahao.com.br/
O Ciência ao Pé do Ouvido é um podcast dos gêneros ciência e cotidiano lançado em fevereiro de 2020 pela Divisão de Divulgação Científica da Diretoria de Comunicação Social da Universidade Federal de Uberlândia (Dirco/UFU). O objetivo é falar, de uma forma leve, sobre como a ciência está presente no cotidiano, trazendo especialistas em cada episódio para um bate-papo ao pé do ouvido. Desde agosto de 2022, é produzido com apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (Fapemig).
História
Divisão de Divulgação Científica
Nos últimos anos, a UFU tem vivenciado uma experiência inovadora em comunicação pública e divulgação científica, que envolve engajamento de seus servidores e estudantes, respaldo institucional e trabalho em rede. Ao longo da última década, servidores da Diretoria de Comunicação Social (Dirco) idealizaram a criação de uma Divisão de Divulgação Científica, focada na produção de conteúdos sobre as pesquisas desenvolvidas na universidade. A ideia foi fortalecida a partir de 2016, quando a UFU ingressou na Rede Mineira de Comunicação Científica (RMCC). A proposta de criação da Divisão de Divulgação Científica foi apresentada à Gestão Superior da universidade no início de 2018, fortemente apoiada pela Pró-reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação (PROPP), e sua implantação foi aprovada.
A Divisão começou a funcionar em 26 de junho de 2018 e consta na atual estrutura organizacional, consolidada pela Resolução 01/2012 do Conselho Universitário, atualizada e divulgada conforme a Portaria REITO 693/2020 e seu respectivo Anexo. A equipe é formada por profissionais e estagiários vinculados à Dirco e trabalha em uma sala cedida pela PROPP, no prédio da Reitoria, no Campus Santa Mônica.
A Divisão de Divulgação Científica atua em duas frentes: (1) produção de conteúdos midiáticos sobre pesquisas desenvolvidas na UFU para os canais de comunicação oficiais – sites institucionais, perfis em redes sociais digitais e plataformas de podcast e (2) apoio a outros projetos de divulgação científica da universidade, com a promoção de eventos, grupo de estudo, curso de formação e Rede de Divulgadores da Ciência da UFU.
Um podcast de divulgação científica
Era uma das últimas reuniões de equipe do ano de 2019. A diretora de Comunicação da UFU, Renata Neiva, falou sobre os servidores que haviam chegado naquele ano para atuarem na área de rádio e incentivou os profissionais recém-chegados e também os veteranos a pensarem, juntos, em novos projetos de comunicação pública. A jornalista Diélen Borges perguntou: “podemos fazer um podcast de divulgação científica?”. Neiva disse “sim!”. A operadora de rádio-telecomunicações Josielle Ingrid demonstrou interesse na proposta e as jornalistas combinaram que montariam o projeto.
Nas primeiras semanas de 2020, Borges, Ingrid, o colaborador Thiago Zina Crepaldi e a equipe de profissionais e estagiários da Divisão de Divulgação Científica se reuniram e planejaram o podcast. A proposta era falar de cotidiano e ciência como um único assunto, coletando dúvidas do público pelas ruas de Uberlândia e transformando em um roteiro de perguntas para cientistas.
O nome “Ciência ao Pé do Ouvido” foi dado pelo estagiário de jornalismo Lucas Ribeiro, unindo a temática do programa (ciência), a mídia sonora podcast (ouvido) e uma ideia de prosa mineira (ao pé do ouvido). Afinal, estamos na mesorregião do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba, no interior de Minas Gerais. Com base nessa proposta, o primeiro logo foi feito pelo estagiário de design Abrão Osorio Júnior e pelo publicitário João Ricardo Oliveira.
A covid-19 ainda não era uma pandemia quando o tema do episódio piloto foi escolhido pela equipe: “#00 Coronavírus”. Os primeiros entrevistados foram os pesquisadores Paulo Vitor Marques Simas, da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp); Igor Andrade Santos, da UFU; e Leila dos Santos Macedo, da Fiocruz. Toda a equipe de comunicação envolvida no projeto participou das primeiras gravações, apresentando-se para o público. O lançamento do episódio #00 aconteceu no dia 10 de fevereiro de 2020, em todas as principais plataformas de streaming de áudio.
Durante a primeira temporada, os roteiros, as entrevistas, as captações de áudio e as edições foram feitas por Josielle Ingrid, com a colaboração de Zina Crepaldi. O quadro Anexos, com dicas relacionadas ao tema de cada episódio, foi produzido e gravado pela jornalista Diélen Borges, que também auxiliou Ingrid e Crepaldi na produção. A divulgação dos episódios no portal Comunica UFU e nas redes sociais foi feita por Borges e pela estagiária de design Anna Cauhy. Desde o episódio 35, a edição de áudio é feita pelo operador de rádio-telecomunicações Marcio Gamma, que trabalha no Campus Pontal da UFU, em Ituiutaba (MG).
Mudanças no formato
Durante a primeira temporada, o podcast foi lançado mensalmente, com a apresentação e entrevistas sendo feitas pela jornalista Josielle Ingrid e contendo dois quadros fixos, o “Diz Aí”, onde pessoas externas à produção faziam perguntas e opinavam sobre o tema do episódio, e o “Anexos”, dedicado a dicas que estivessem relacionadas à discussão de cada episódio.
A partir do quinto episódio da segunda temporada (#15 Quântica: é ou não é?), os episódios passaram a ser semanais e seriados, com a mesma temática para o mês de lançamento e com a participação de jornalistas e estagiários nas entrevistas realizadas. As séries produzidas passaram pelas temáticas: Quântica (quatro episódios), Língua (cinco episódios), Saúde Mental (quatro episódios), Clima (quatro episódios) e Influenciadores Digitais (cinco episódios).
Alguns episódios da segunda temporada contaram com o quadro especial “Rede de Divulgadores da Ciência da UFU”. Com apresentação do estagiário de Jornalismo da época e agora jornalista, Túlio Daniel, o quadro trazia informações sobre os trabalhos desenvolvidos pelos pesquisadores integrantes da Rede. Ela é uma iniciativa da Divisão de Divulgação Científica da Dirco e da Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação (Propp/UFU) e tem o objetivo de fortalecer as iniciativas de divulgação científica existentes na universidade.
Esse modelo seguiu até o final da segunda temporada. A terceira, estreada em março de 2022, trouxe novas mudanças que se mantêm atualmente. Os episódios continuam sendo publicados semanalmente, mas com um tema diferente a cada episódio. Além disso, a partir do episódio 50, demais jornalistas e estagiários começaram a ter uma maior participação nas produções, variando os apresentadores e entrevistadores a cada episódio.
Trilha Sonora
A estreia do Ciência ao Pé do Ouvido, em 2020, coincidiu com o início da pandemia de covid-19. Naquela época, as trilhas sonoras do podcast foram solicitadas para o professor Eduardo Fraga Tullio. Ele é doutor em Música e professor de percussão no Instituto de Artes (Iarte/UFU) desde 2006 e fazia pós-doutorado em Jornalismo que envolvia a produção de trilhas para o documentário Grupo do Brooklyn.
Naquele momento, Eduardo precisava finalizar o documentário e não conseguiu produzir novas trilhas, então cedeu as utilizadas no documentário para o podcast. O processo de criação das vinhetas foi feito em casa, utilizando marimba, vibrafone, marimba de vidro, atabaques, pratos e efeitos para as composições.
Como o Ciência ao Pé do Ouvido é um podcast sobre ciência, a busca por um professor, que também é pesquisador na universidade, foi proposital. Dessa forma, cada episódio reforça que fazer ciência envolve diversas áreas diferentes, inclusive a música. No episódio #48, sobre o centenário da Semana de Arte Moderna, há um quadro de entrevistas em que o professor fala sobre esse assunto.
Design
O primeiro logo do Ciência ao Pé do Ouvido foi feito pelo estagiário de design Abrão Osorio Júnior e pelo publicitário João Ricardo Oliveira. A ilustração partiu do nome, que foi dado pelo estagiário de jornalismo Lucas Ribeiro, unindo a temática do programa (ciência), a mídia sonora podcast (ouvido) e uma ideia de prosa mineira (ao pé do ouvido). O desenho branco no quadro verde fez referência à área da educação, por se tratar de uma produção da universidade pública.
No início de 2023 o logo foi redesenhado pelas estagiárias de design Viviane Aiko e Ludimila de Castro. Permaneceram as cores verde e branco, que compõem a identidade visual dos produtos da editoria de Ciência da UFU, mas optou-se por uma proposta em que o desenho das pessoas é substituído pelo nome do programa em tamanho maior. Isso facilita a aplicação do logo nas capas e outras peças de divulgação. O sinal em curva, sobre a primeira letra C, remete às ondas sonoras da mídia em áudio.
Durante a primeira temporada, até o episódio #07, cada programa não tinha uma capa específica e, do #08 ao #10, as capas eram feitas a partir de fotos de bancos de imagens. A partir da segunda temporada, cada episódio passou a ter uma capa ilustrada. Essa melhoria visual foi possível devido à ampliação da equipe de design da Divisão de Divulgação Científica, que passou de um para dois estagiários.
Episódio especiais
Em comemoração ao 50º episódio, a equipe do Ciência ao Pé do Ouvido se reuniu em um especial, denominado “A Reunião”. Com produção do estagiário de jornalismo da época, Gabriel Reis, e seguindo um fio narrativo, o episódio busca trazer o ouvinte para um dia de produção do podcast e os entrevistados são os próprios integrantes e produtores que contam um pouco da história do podcast, suas funções e como fazer divulgação científica através de um formato de áudio e nas redes sociais.
Entre os episódios #77 e #78, foi produzido um episódio extra sobre o evento III Comunica Ciência, em que reproduzimos o áudio da roda de conversa “Onde está a ciência?”. Participaram o pesquisador Ricardo Galvão, que é presidente do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e professor titular aposentado do Instituto de Física da Universidade de São Paulo (USP); o jornalista Bernardo Esteves, que é repórter da revista Piauí, apresentador do podcast A Terra é redonda (mesmo) e professor no curso de especialização em comunicação pública da ciência Amerek, da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG); e a jornalista e pesquisadora Thaiane Moreira de Oliveira, que é superintendente de Comunicação Social na Universidade Federal Fluminense (UFF) e primeira comunicóloga a integrar a Academia Brasileira de Ciências (ABC).
Pela primeira vez, na metade da quarta temporada, o podcast passou por um intervalo. Durante esse período de férias, foram publicadas as Pílulas de Ciência, 13 episódios curtos em que pesquisadores da UFU apresentam os seus trabalhos. As pílulas haviam sido publicadas originalmente como a série Comunica Ciência no Canal da UFU no Youtube.
Desempenho e recomendações
O Ciência ao Pé do Ouvido esteve frequentemente entre os podcasts de ciência mais ouvidos no Brasil. O podcast estreou na parada dos Top Podcasts de Ciência, do Spotify, em setembro de 2021, e entre os 15 podcasts de ciência mais ouvidos da Apple Podcasts em outubro do mesmo ano.
Além disso, grandes veículos já recomendaram o podcast. Ele está presente nas listas da Revista Galileu, do Grupo Globo, entre os “9 podcasts sobre ciência que valem a pena conhecer e maratonar”; do Canaltech, entre os “5 podcasts de ciência que você precisa conhecer”; e da Fapemig, entre os “5 podcasts de ciências para quem gosta do assunto”.
Ainda, o site Learn Languages From Home recomendou o Ciência ao Pé do Ouvido como um dos “15 melhores para estrangeiros aprenderem português” e o Lingopie Blog também indicou o podcast da UFU entre “Best Podcasts To Learn Portuguese”.
Outros sites de relevância científica, como o Grupo Tordesillas e Agenda Tarsila também já divulgaram episódios do Ciência ao Pé do Ouvido. Atualmente, o podcast é ouvido em outros países, como Estados Unidos e Japão, e o episódio mais ouvido da história do podcast é o #08 Economia: que tenho a ver?
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