Publicado em 12/09/2014 às 14:52 - Atualizado em 09/06/2025 às 22:11
A Folha de São Paulo divulgou, nesta semana, o Ranking Universitário da Folha (RUF), com a avaliação de 192 instituições de ensino superior no Brasil, feita a partir de cinco indicadores: pesquisa, internacionalização, inovação, ensino e mercado. No ano passado, a Universidade Federal de Uberlândia (UFU) ocupava a 21ª posição e, em 2014, aparece na 26ª. O que isso significa?
O pró-reitor de pesquisa e pós-graduação, professor Marcelo Emilio Beletti, explica que, no item pesquisa, no qual a UFU passou da 25ª para a 27ª colocação, não houve uma piora, pois a UFU aumentou seu índice de 33,89 para 34,31 pontos. “Nós caímos duas posições, no entanto, melhoramos na pontuação. Alguma outra instituição ‘melhorou mais’ do que nós”, afirma.
No índice ensino, a UFU caiu 15 posições, mas a redução da pontuação foi de apenas 2,34 pontos: do 14º lugar (26,96 pontos) para o 29º (24,62 pontos). Beletti critica os critérios utilizados nesse item: “são apenas quatro e um deles tem peso 22. Os outros três, 4, 4 e 2. Ou seja, praticamente o que decide a pontuação seria esse com peso 22”. Esse critério com maior peso é uma pesquisa feita pelo Datafolha com professores que analisam a qualidade dos cursos superiores para o Ministério da Educação. “Uma avaliação extremamente subjetiva”, opina o pró-reitor.
O reitor Elmiro Santos Resende avalia que, quando comparada a outras universidades do interior, a posição geral da UFU (26ª) é confortável. Alguns exemplos são as universidades federais de Viçosa (19ª), Lavras (27ª), Juiz de Fora (28ª) e Ouro Preto (34ª). Resende diz que não desmerece o ranking da Folha, mas que ele é apenas um entre outros rankings que existem.
Conforme o reitor, o RUF avalia 192 universidades – que têm contextos históricos e condições diferentes – utilizando os mesmos critérios e desconsiderando as diferenças. No caso da UFU, na opinião de Resende, foi ignorada a expansão, por meio da criação de novos cursos e campi, e a internacionalização foi observada de maneira limitada, pois não foram considerados os convênios com instituições estrangeiras e o intercâmbio de alunos daqui que vão para o exterior e daqueles que a UFU recebe de fora.
“Prefiro esse tipo de avaliação sempre com uma avaliação crítica. Vai ter falhas, mas serve para a gente fazer uma autoanálise do que a gente está falhando e pode melhorar”, observa Beletti.
Palavras-chave: RUF ranking
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